O Sousa da Ponte e os trágicos acontecimentos nos Estados Unidos.
O Sousa não simpatiza particularmente com a mentalidade típica americana. Fruto dum estado nação quase perfeito – é realmente difícil encontrar algo parecido com Portugal – extrapola, como quase todos os portugueses do estado nação com séculos de fronteiras e cultura estáveis para conjuntos de nações que tem que viver, ou conviver, sob o mesmo estado ou estados.
Para nós é difícil compreender estados multinacionais, como Espanha, ou Federais, como a Alemanha, o Brasil, o México ou os Estados Unidos.
Custa-nos também entender o sistema de castas da Índia, a guerra étnica em Africa ou na ex-Joguslávia, a Sharia Islâmica, a contenção oriental, o tabaco de mascar na Noruega e muitas outras situações.
No entanto temos uma herança cultural comum que se chama tolerância. Isto é, tentamos entender os costumes dos Ianomanis, as diferenças culturais dos Polinésios, as regras morais dos Etíopes e por aí fora.
Quando se trata de Americanos – não nativos – saímos do sério. Ou se ama ou se odeia. Não há meio-termo.
De facto as administrações americanas têm se caracterizado pela mais elementar falta de ética no plano internacional. Como exemplos simples temos o Vietnam, a operação Condor no Chile, a manipulação da revolução Cubana e mesmo o que nos tentaram fazer no 25 de Abril. Exemplo péssimo duma politica externa baseada no interesse e sem quaisquer valores éticos.
É claro que invadir o Iraque, com o intuito de eliminar armas de destruição massiva e possíveis ataques terroristas, porque uns Sauditas atacaram Nova York tem a mesmíssima lógica de bombardear a Suécia porque a ETA colocou uma bomba em Madrid.
O intuito foi claramente afastar a frente de guerra do território americano e levar os terroristas a atacarem no Iraque e deixarem o território americano em paz. Como resultado não me parece mau de todo.
E o que é que isto tem a ver com New Orleans ?
Muito, ou talvez nada.
O facto em New Orleans é que não estamos preparados. Houve asneira? Houve! Se calhar mais do que isso mas a verdade é que não estamos preparados para evacuar cidades. Podemos evacuar os muito ricos, os ricos, os mais ou menos ricos e até os que não são assim tão pobres. Mas os pobres?
Pois é! Tentem evacuar uma cidade como o Porto, Lisboa, Madrid ou Barcelona….
Os ricos sei eu onde se metem e os outros? E quantos são?
Vamos reflectir nisto e pedir a Deus que não haja um terramoto em Lisboa. Alguém tem alguma ideia o que se fazia à zona J de Chelas ? e ao casal ventoso ? e…?
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