Eu hoje fui tentar comprar um cartão para um telefone em Frankfurt. Parecia - oh santa inocência - tarefa simples: entrar numa loja de telemóveis, pedir um cartão, verificar os tarifários e já está.
Erro grosseiro!
A loja não tem uma máquina de senhas que atribua ordem de chegada e o que pretendemos. Há antes duas senhoras, por sinal muito simpáticas, que tomam nota - quando tem lápis - num pedaço de papel do nosso nome.
Claro que seria pedir muito que distinguissem entre quem quer pagar a conta - o que parece mais rápido se o operador souber trabalhar com o sistema - do que quer algo mais complexo.
É tudo fila única excepto é claro para os conhecidos delas que passam à frente. Vê-se que é gente que preza as boas relações de amizade e não troca velhos amigos por meros clientes de ocasião.
Depois de se esperar que os zelosos funcionários tomem café, partilhem umas chalaças com os colegas de trabalho e façam as suas mensagens no telemóvel lá somos atendidos.
Lá simpáticos são eles. Vendo que somos portugueses declinam os nomes dos jogadores de futebol mais na berra e sorriem. Sorriem muito.
Gente bem disposta e simpática.
Gostam imenso do trabalho em equipa. Sempre tomam o café aos pares ou trios e - pasme-se com o grau de eficiência - eram dois, muito sorridentes, a tentarem meter o nosso pedido no computador.
Lembrei-me de Angola.
Muito eficazes e solícitos.
Só falharam na venda do cartão do telemóvel tudo o resto era impecável: tinha porta da rua, paredes, cartazes a anunciarem novas tecnologias e até máquina de café e de água.
Queira eu um café e água e não me pilham noutro sitio.
Agora telemóveis é que não.
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