O Sousita ficou bastante lixado com o Santana. Pensava que o Santana era um tipo que gostava de mulheres, e bonitas, mas que no que toca a trabalho era trabalho e cognac , cognac. Tinha-o como rapaz atilado, inteligente e até com algum génio. Apreciou-lhe a coragem quando abandonou a Figueira- onde tinha a vitória assegurada - para se abalançar em Lisboa com uma derrota anunciada.
Venceu.
Alçado a primeiro-ministro só fez disparates: grandes, muito grandes, médios, pequenos, muito pequenos, pequeníssimos, diversos e outros.
Dissolvida a nódoa tendo como alternativa a mosquinha morta do Sócrates votei nele como quem toma óleo de rícino. Funcionário do partido, medíocre e sem convicção.
Na tomada de posse fala em vender medicamentos fora das farmácias.
Penso que eu e o Cordeiro da Associação Nacional das Farmácias sorrimos ao mesmo tempo e que pensamos que ou era tanga ou que o gajo não durava dois meses. Como eu não tenho uma farmácia continuo a rir-me. O Cordeiro não. O tal funcionário do partido, cinzento, disse e fez. Depois anunciou imensas coisas e até fez. Pasme-se! Obrigou o Sousita a pagar impostos antigos, a renegociar coisas. Apre!
Quer dizer: contra tudo e todos o rapazito do partido, aparentemente medíocre, lá se safou e vai safando. Diz, e o que é pior, e faz.
Vamos ter um Cavaco assim?
Vamos dar o tal salto no país?
Isto vai ter de se pagar impostos e cumprir as regras?
Talvez estes dois o consigam. O Sousita, vindo de meter a guita num paraíso fiscal em quanto é tempo, augura as maiores felicidades aos dois, e as maiores dores de cabeça a quem insiste em manter património ou contas bancárias em território nacional.
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