Blog dum gajo do Porto acerca de gaijas, actualidade política e sem futebol. Aqui o marmelo não gosta de futebol

sábado, 30 de abril de 2005

Descoberto na net por acaso :

Neste link : http://arrozaldalebre.no.sapo.pt/2003_09_01.htm

OS MANEQUINS DE MUNIQUE


A perfeição é horrível, ela não pode ter filhos.
Fria como o hálito da neve, ela tapa o útero

Onde os teixos inflam como hidras,
A árvore da vida e a árvore da vida.

Desprendendo suas luas, mês após mês,
sem nenhum objetivo.

O jorro de sangue é o jorro do amor,
O sacrifício absoluto.

Quer dizer: mais nenhum ídolo, só eu
Eu e você.

Assim, com sua beleza sulfúrica, com seus
sorrisos

Esses manequins se inclinam esta noite
Em Munique, necrotério entre Roma e Paris,

Nus e carecas em seus casacos de pele,
Pirulitos de laranja com hastes de prata

Insuportáveis, sem cérebro.
A neve pinga seus pedaços de escuridão.

Ninguém por perto. Nos hotéis
Mãos vão abrir portas e deixar

Sapatos no chão para uma mão de graxa
Onde dedos largos vão entrar amanhã.

Ah, essas domésticas janelas,
As rendinhas de bebê, as folhas verdes de confeito,

Os alemães dormindo, espessos, no seu insondável desprezo.
E nos ganchos, os telefones pretos

Cintilando
Cintilando e digerindo

A mudez. A neve não tem voz.

Sylvia Plath

(A agulha e o dedal)

Ai chega, chega, chega, chega a minha agulha
Afasta, afasta, afasta, afasta o meu dedal
Brejeira, não sejas trafulha
Ó linda vem coser o avental
Ai chega, chega, chega, chega a minha agulha
Afasta, afasta, afasta, afasta o meu dedal
Brejeira, não sejas trafulha, ai não
És a mais linda costureira em Portugal
 Posted by Hello

Filmes a rever:

Gato Preto, Gato Branco/Chat Noir, Chat Blanc

Realizado por Emir Kusturica
Fran�a/Alemanha, 1998 Cor - 130 min.
Com: Bajram Severdzan, Florijan Ajdini, Salija Ibraimova, Branka Katic, Srdjan Todorovic, Zabit Memedov, Sabri Sulejman, Jasar Destani, Ljubica Adzovic, Miki Manojlovic
Posted by Hello

Bien sûr, nous eûmes des orages
Vingt ans d'amour, c'est l'amour fol
Mille fois tu pris ton bagage
Mille fois je pris mon envol
Et chaque meuble se souvient
Dans cette chambre sans berceau
Des éclats des vieilles tempêtes
Plus rien ne ressemblait à rien
Tu avais perdu le goût de l'eau
Et moi celui de la conquête

{Refrain:}
Mais mon amour
Mon doux mon tendre mon merveilleux amour
De l'aube claire jusqu'à la fin du jour
Je t'aime encore tu sais je t'aime

Moi, je sais tous tes sortilèges
Tu sais tous mes envoûtements
Tu m'as gardé de pièges en pièges
Je t'ai perdue de temps en temps
Bien sûr tu pris quelques amants
Il fallait bien passer le temps
Il faut bien que le corps exulte
Finalement finalement
Il nous fallut bien du talent
Pour être vieux sans être adultes

{Refrain}

Oh, mon amour
Mon doux mon tendre mon merveilleux amour
De l'aube claire jusqu'à la fin du jour
Je t'aime encore, tu sais, je t'aime

Et plus le temps nous fait cortège
Et plus le temps nous fait tourment
Mais n'est-ce pas le pire piège
Que vivre en paix pour des amants
Bien sûr tu pleures un peu moins tôt
Je me déchire un peu plus tard
Nous protégeons moins nos mystères
On laisse moins faire le hasard
On se méfie du fil de l'eau
Mais c'est toujours la tendre guerre

{Refrain}

Oh, mon amour...
Mon doux mon tendre mon merveilleux amour
De l'aube claire jusqu'à la fin du jour
Je t'aime encore tu sais je t'aime.
 Posted by Hello

Strangers in the night exchanging glances
Wond�ring in the night
What were the chances we�d be sharing love
Before the night was through.

Something in your eyes was so inviting,
Something in you smile was so exciting,
Something in my heart,
Told me I must have you.

Strangers in the night, two lonely people
We were strangers in the night
Up to the moment
When we said our first hello.
Little did we know
Love was just a glance away,
A warm embracing dance away and -

Ever since that night we�ve been together.
Lovers at first sight, in love forever.
It turned out so right,
For strangers in the night.

Autores:

kaempfert/singleton/snyder
Posted by Hello

quinta-feira, 28 de abril de 2005


Self-service
Entre o desejo e o medo
de perdas irreparáveis,
a moralista e seu dedo
tornaram-se inseparáveis
Vera Maya
 Posted by Hello

Na morte, o fim de Alexandre da Macedónia não foi minimamente diferente do do seu moço da estrebaria. Ou foram ambos recebidos no mesmo princípio generativo do universo, ou foram ambos igualmente dispersos em átomos.


Marco Aurélio
Meditações
Versão portuguesa
baseada na tradução inglesa
de Maxwell Staniforth

Copyright ©Luís Varela Pinto  Posted by Hello

Charles, already dispos'd by the evidence of his senses to think my pretences to virginity not entirely apocryphal, smothers me with kisses, begs me, in the name of love, to have a little patience, and that he will be as tender of hurting me as he would be of himself.
Alas! it was enough I knew his pleasure to submit joyfully to him, whatever pain I foresaw it would cost me.
He now resumes his attempts in more form: first, he put one of the pillows under me, to give the blank of his aim a more favourable elevation, and another under my head, in ease of it; then spreading my thighs, and placing himself standing between them, made them rest upon his hips; applying then the point of his machine to the slit, into which he sought entrance: it was so small, he could scarce assure himself of its being rightly pointed. He looks, he feels, and satisfies himself: the driving forward with fury, its prodigious stiffness, thus impacted, wedgelike, breaks the union of those parts, and gain'd him just the insertion of the tip of it, lip-deep; which being sensible of, he improved his advantage, and following well his stroke, in a straight line, forcibly deepens his penetration; but put me to such intolerable pain, from the separation of the sides of that soft passage by a hard thick body, I could have scream'd out; but, as I was unwilling to alarm the house,….

O texto completo da Fanny Hill em

http://eserver.org/fiction/fanny-hill/01.html
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Grandes filmes: As Good as It Gets


Receptionist: How do you write women so well?
Melvin Udall: I think of a man, and I take away reason and accountability. Posted by Hello

Grandes filmes: The Shining


Little pigs, little pigs, let me in. Not by the hair of your chiny-chin-chin? Well then I'll huff and I'll puff, and I'll blow your house in.
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Parece que os gregos tambem eram anados para a brincadeira. Cerca de 480 A.C. Posted by Hello

quarta-feira, 27 de abril de 2005


Gus: "Did you ever do drugs with Mr. Boz?"
Catherine: "Sure."
Gus: "What kind of drugs?"
Catherine: "Cocaine. Have you ever fucked on cocaine, Nick? It's nice."
[Catherine uncrosses her legs and it can be seen she's wearing no underwear]
Nick: "You like playing games don't you?"
Catherine: "I have a degree in psychology, it goes with the turf... Games are fun Posted by Hello

ALBERT SEMIANE
(1884)
AMOURS DE FEMME
Oui, ce sont des regards de femme
Que cherche son regard brûlant,
Elle a soif de l'ardeur infâme
Qu'une autre sait mettre en son flanc.
Les yeux hagards, le trouble à l'âme,
La langue aux lèvres se collant,
Chacune tour à tour se pâme,
Se tord et retombe en râlant.
Bientôt leur tendresse lascive,
Comme une chaîne qui les rive,
Dresse dans l'ombre leurs tombeaux ;
Et sur la pierre, quand arrive
Le soir à la marche craintive,
Pleurent les filles de Lesbos.
 Posted by Hello

Georges Mouton 1890
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Gravura de autor e época desconhecida.

O texto é do Primo Basílio, do Eça. Posted by Hello


Nunca achara Basílio tão bonito; o quarto mesmo parecia-lhe muito aconchegado para aquelas intimidades da paixão; quase julgava possível viver ali, naquele cacifo, anos, feliz com ele, num amor
permanente, e lanches às três horas... Tinham as pieguices clássicas;
metiam-se bocadinhos na boca; ela ria com os seus dentinhos brancos; bebiam pelo mesmo copo, devoravam-se de beijos, — e ele quis-lhe ensinar então a verdadeira maneira de beber champagne. Talvez ela não soubesse!
— Como é? — perguntou Luísa erguendo o copo.
— Não é com o copo! Horror! Ninguém que se preza bebe champagne por um copo. O copo é bom para o Colares...
Tomou um gole de champagne e num beijo passou-o para a boca
dela. Luísa riu muito, achou “divino”; quis beber mais assim. Ia-se
fazendo vermelha, o olhar luzia-lhe.
Tinham tirado os pratos da cama; e sentada à beira do leito, os
seus pezinhos calçados numa meia cor-de-rosa pendiam, agitavam-se, enquanto um pouco dobrada sobre si, os cotovelos sobre o regaço, a cabecinha de lado, tinha em toda a sua pessoa a graça lânguida de uma pomba fatigada.
Basílio achava-a irresistível; quem diria que uma burguesinha
podia ter tanto chic, tanta queda? Ajoelhou-se, tomou-lhe os pezinhos entre as mãos, beijou-lhos; depois, dizendo muito mal das ligas “tão feias, com fechos de metal”, beijou-lhe respeitosamente os joelhos; e então fez-lhe baixinho um pedido. Ela corou, sorriu, dizia: não! não! — E quando saiu do seu delírio tapou o rosto com as mãos, toda escarlate; murmurou repreensivamente:
— Oh Basílio!
Ele torcia o bigode, muito satisfeito. Ensinara-lhe uma sensação
nova; tinha—a na mão!

Esta também não tem data. Pela técnica diria que é finais so séc. XIX Posted by Hello

Esta imagem é mais recente. Igualmente sem data. Anos 50 ? Posted by Hello

Festa swinger na antiguidade.....claro que a imagem é um fake. Não tem data mas pela qualidade do papel e a técnica utilizada diria que finais do sex XIX principios do XX Posted by Hello

De uma versão Ilustrada do livro de John Cleland
Fanny Hill: Memoirs of a Woman of Pleasure
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Os Indianos eram danados para a brincadeira.... Posted by Hello

Cada geração pensa que inventa a pólvora e já o avós dos avós eram malandros.... Posted by Hello

Vem Joane, o Parvo, e diz ao Arrais do Inferno:

PARVO Hou daquesta!
DIABO Quem é?
PARVO Eu soo.
É esta a naviarra nossa?
DIABO De quem?
PARVO Dos tolos.
DIABO Vossa.
Entra!
PARVO De pulo ou de voo?
Hou! Pesar de meu avô!
Soma, vim adoecer
e fui má-hora morrer,
e nela, pera mi só.
DIABO De que morreste?
PARVO De quê?
Samicas de caganeira.
DIABO De quê?
PARVO De caga merdeira!
Má rabugem que te dê!
DIABO Entra! Põe aqui o pé!
PARVO Houlá! Nom tombe o zambuco!
DIABO Entra, tolaço eunuco,
que se nos vai a maré!

PARVO Aguardai, aguardai, houlá!
E onde havemos nós d'ir ter?
DIABO Ao porto de Lucifer.
PARVO Ha-á-a...
DIABO Ó Inferno! Entra cá!
PARVO Ò Inferno?... Eramá...
Hiu! Hiu! Barca do cornudo.
Pêro Vinagre, beiçudo,
rachador d'Alverca, huhá!
Sapateiro da Candosa!
Antrecosto de carrapato!
Hiu! Hiu! Caga no sapato,
filho da grande aleivosa!
Tua mulher é tinhosa
e há-de parir um sapo
chantado no guardanapo!
Neto de cagarrinhosa!

Furta cebolas! Hiu! Hiu!
Excomungado nas erguejas!
Burrela, cornudo sejas!
Toma o pão que te caiu!
A mulher que te fugiu
per'a Ilha da Madeira!
Cornudo atá mangueira,
toma o pão que te caiu!

Hiu! Hiu! Lanço-te üa pulha!
Dê-dê! Pica nàquela!
Hump! Hump! Caga na vela!
Hio, cabeça de grulha!
Perna de cigarra velha,
caganita de coelha,
pelourinho da Pampulha!
Mija n'agulha, mija n'agulha!
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terça-feira, 26 de abril de 2005

Depois dum fim de semana divertido.....




A pintura é de Diego Manuel.


Águas de Forestier
O vinho que toca seus lábios
desperta o pecado
em um pobre pagão
que sonha com o paraíso,
onde todas as águas
se transformam em vinho,
dos rios, lagos, marés e cachoeiras,
salgadas, doces, porém todas vermelhas.
Lavando seus pés,
molhando os seus seios,
escorrendo sobre todo seu corpo
o doce veneno,
que nos embriaga a sede de outras paixões.
Pequenos Bacos
brincando de serem anões,
e todo pecado será desculpado
por todo motivo impulsionado por prazer.
Toda musa será deusa,
todo ateu será josé,
e o pecado é não beber
da fonte das águas de Forestier.

Cristiane Neder

Posted by Hello

Depois dum fim-de-semana prolongado a minha pequena homenagem às mulheres

Poesia de Maria Tereza Horta
Desconheço o autor da pintura




Anjos mulheres - VI
As mulheres voam
como os anjos:
Com as suas asas feitas
de cristal de rocha da memória

Disponíveis
para voar

soltas...

Primeiro
lentamente: uma por uma

Depois,
iguais aos pássaros

fundas...

Nadando,
juntas

Secreta: a rasar o
chão

a rasar a fenda
da lua

no menstruo:
por entre a fenda das pernas

Às vezes é o aço
que se prende
na luz

A dobrarmos o espaço?

Bruxas:
pomos asas em vassouras
de vento

E voamos

Como as asas
lhe cresciam nas coxas

diziam dela:
que era um anjo do mar

Rondo alto,
postas em nudez de ombros
e pernas

perseguindo,

pelos espaços,
lunares
da menstruação

e corpo desavindo

Não somos violencia
mas o voo

quando nadamos
de costas pelo vento

até à foz do tempo
no oceano denso
da nossa própria voz

Sabemos distinguir
a dormir
os anjos das rosas voadoras

pelo tacto?

Somos os anjos
do destino

com a alma
pelo avesso
do útero

Voamos a lua
menstruadas

Os homens gritam:
- são as bruxas

As mulheres pensam:
- são os anjos

As crianças dizem:
- são as fadas

Fadas?
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quinta-feira, 21 de abril de 2005


Captain Renault : What in heaven's name brought you to Casablanca?
Rick : My health. I came to Casablanca for the waters.
Captain Renault : The waters? What waters? We're in the desert.
Rick : I was misinformed.
 Posted by Hello