Blog dum gajo do Porto acerca de gaijas, actualidade política e sem futebol. Aqui o marmelo não gosta de futebol

terça-feira, 27 de novembro de 2012

S. João no museu dos ícones.

E encerremos por hoje.

MOZART - CANTATA " Dir, Seele des Weltalls " K429 - Peter MAAG

W. A. Mozart: Adagio und Fuge C-moll (KV 546) Harmonia para a noite.

Al Pacino's speech about God (The Devil's Advocate)

Apaixonei-me por este espelho. 


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Galinha indiana




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segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Marcelo e o video a sério.

Marcelo Rebelo de Sousa é uma das inteligências mais brilhantes que temos.

 Infelizmente, como  Camilo Castelo Branco, é um amoral.

O video que fez não foi um erro nem nada disso.

Parece-me uma brincadeira amoral dum psicopata.

Pensada e repensada.

Enfim, como diria o Eça, um escroque.

Teria piada noutra altura qualquer.

Agora é só um escroque.

O video do Marcelo

Marcelo Rebelo de Sousa é um homem brilhante, erudito, e com imensa piada.

Culto, educado, focado para a tarefa e muito objectivo. Não se trata do intelectual de momento. O que faz é bem feito.

Posso até dizer, ao fim destes anos todos de o ler e ver. que é um amigo. Pelo menos uma pessoa muito digna da minha consideração.

Este video, feito portanto por uma amigo e pessoa competente e mais que bem intencionada é no geral e particular uma obra prima, digno da acutilante inteligência e perspicácia do autor.

Tem em si momentos excepcionais, duma grandeza que ultrapassa a nação portuguesa, diálogos excepcionais - e confesso que ainda não vi a versão alemã - que serão recordados em momentos futuros.

Tem falhas ?

Claro que sim.

No entanto ressalvemos que de menor, ou nenhuma mesmo, importância.

Um dos pequenos, para não dizer insignificantes defeitos, do video parecem-me ser os figurantes.

 O rio Tejo e o padrão dos descobrimentos só por si enchem um documentário parece-me que  todos os outros são um bocado forçados. Bastariam o rio e o padrão. Assim não entendeu o senhor professor.

Outro pequeno inconveniente parecem-me os diálogos. São no geral excelentes, claros e - o que é mais - atingem o seu objectivo:

Fazer com que o cidadão médio alemão perceba que os habitantes do sul da Europa, os Caribenhos e brasileiros são gente de muito trabalho e mais dados a rigor que os calaceiros do norte da Europa.

Neste aspecto parece-me que a mensagem é bem conseguida.

Mas, como diria o próprio professor muitas vezes, se a mensagem é excelente, bem pensada e duma qualidade excepcional parece-nos - por causa do malfadado mas - que o silêncio é de ouro.

Resumindo:

O video parece-me excelente. Diria irrepreensível até. As únicas criticas que faço - e isto são pormenores de somenos -  são à forma e ao conteúdo.

A forma que com excepção do padrão e do rio tudo o mais é redundante.

Ao conteúdo porque me parece mais virado para uso interno que argumentos para fora.

Parece-me claro que nem um nem outro foram felizes.

Quanto ao resto nada a acrescentar e é brilhante.

Parabéns professor!

Espero pelos próximos episódios:

Madeira :

 não nos deixem assim! Enquanto houver uma cagadeira para vender a outonomia continua.

Angola:

 fizemos uma democracia mesmo com quinhento ano di kulunialismos. Nois trabalha pra burro e mais que brancko que sós és chefe e ganha bué. E tu só mi trata açim pruque eu sou preto! Vaimos fazer uns vidio e mustrar que nois preto trabailha bué mais que os pula que só garina as nostras damas e que num trabailha um caralho e iço tudo!

Os professor vais fazer os vidios e os pulas vais ficar bué ciente que angolano trabalha bué mais que tuga e que és mais ificienti. Até bais perdoar dividas di Angola proque Angola e os angolares sisforça mais qui tugas e tugas perdoa e os mangolwue vai estrabalhar mais tudo.

Força Marcelo!!!!






A vida está difícil para todos. Karl Marx, após a queda do muro de Berlim, desiludido com o socialismo dedicou-se ao ramo da roupa

barcaça no rio meno




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O Sousa na judiaria de trier




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sábado, 10 de novembro de 2012

O que poderia ser uma resposta do Lobo Antunes à sra. Isabel do Banco alimentar

Na minha família os animais domésticos não eram cães nem gatos nem pássaros; na minha família os animais domésticos eram pobres. Cada uma das minhas tias tinha o seu pobre, pessoal e intransmissível, que vinha a casa dos meus avós uma vez por semana buscar, com um sorriso agradecido, a ração de roupa e comida.

Os pobres, para além de serem obviamente pobres (de preferência descalços, para poderem ser calçados pelos donos; de preferência rotos, para poderem vestir camisas velhas que se salvavam, desse modo, de um destino natural de esfregões; de preferência doentes a fim de receberem uma embalagem de aspirina), deviam possuir outras características imprescindíveis: irem à missa, baptizarem os filhos, não andarem bêbedos, e sobretudo, manterem-se orgulhosamente fiéis a quem pertenciam. Parece que ainda estou a ver um homem de sumptuosos farrapos, parecido com o Tolstoi até na barba, responder, ofendido e soberbo, a uma prima distraída que insistia em oferecer-lhe uma camisola que nenhum de nós queria:

- Eu não sou o seu pobre; eu sou o pobre da minha Teresinha.

O plural de pobre não era «pobres». O plural de pobre era «esta gente». No Natal e na Páscoa as tias reuniam-se em bando, armadas de fatias de bolo-rei, saquinhos de amêndoas e outras delícias equivalentes, e deslocavam-se piedosamente ao sítio onde os seus animais domésticos habitavam, isto é, uma bairro de casas de madeira da periferia de Benfica, nas Pedralvas e junto à Estrada Militar, a fim de distribuírem, numa pompa de reis magos, peúgas de lã, cuecas, sandálias que não serviam a ninguém, pagelas de Nossa Senhora de Fátima e outras maravilhas de igual calibre. Os pobres surgiam das suas barracas, alvoraçados e gratos, e as minhas tias preveniam-me logo, enxotando-os com as costas da mão:

- Não se chegue muito que esta gente tem piolhos.

Nessas alturas, e só nessas alturas, era permitido oferecer aos pobres, presente sempre perigoso por correr o risco de ser gasto

(- Esta gente, coitada, não tem noção do dinheiro)

de forma de deletéria e irresponsável. O pobre da minha Carlota, por exemplo, foi proibido de entrar na casa dos meus avós porque, quando ela lhe meteu dez tostões na palma recomendando, maternal, preocupada com a saúde do seu animal doméstico

- Agora veja lá, não gaste tudo em vinho

o atrevido lhe respondeu, malcriadíssimo:

- Não, minha senhora, vou comprar um Alfa-Romeu

Os filhos dos pobres definiam-se por não irem à escola, serem magrinhos e morrerem muito. Ao perguntar as razões destas características insólitas foi-me dito com um encolher de ombros

- O que é que o menino quer, esta gente é assim

e eu entendi que ser pobre, mais do que um destino, era uma espécie de vocação, como ter jeito para jogar bridge ou para tocar piano.

Ao amor dos pobres presidiam duas criaturas do oratório da minha avó, uma em barro e outra em fotografia, que eram o padre Cruz e a Sãozinha, as quais dirigiam a caridade sob um crucifixo de mogno. O padre Cruz era um sujeito chupado, de batina, e a Sãozinha uma jovem cheia de medalhas, com um sorriso alcoviteiro de actriz de cinema das pastilhas elásticas, que me informaram ter oferecido exemplarmente a vida a Deus em troca da saúde dos pais. A actriz bateu a bota, o pai ficou óptimo e, a partir da altura em que revelaram este milagre, tremia de pânico que a minha mãe, espirrando, me ordenasse

- Ora ofereça lá a vida que estou farta de me assoar

e eu fosse direitinho para o cemitério a fim de ela não ter de beber chás de limão.

Na minha ideia o padre Cruz e a Saõzinha eram casados, tanto mais que num boletim que a minha família assinava, chamado «Almanaque da Sãozinha», se narravam, em comunhão de bens, os milagres de ambos que consistiam geralmente em curas de paralíticos e vigésimos premiados, milagres inacreditavelmente acompanhados de odores dulcíssimos a incenso.

Tanto pobre, tanta Sãozinha e tanto cheiro irritavam-me. E creio que foi por essa época que principiei a olhar, com afecto crescente, uma gravura poeirenta atirada para o sótão que mostrava uma jubilosa multidão de pobres em torno da guilhotina onde cortavam a cabeça aos reis.

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Continuação da crise da europa

Ora dizia eu que o problema fundamental da europa é que os velhinhos obstinam-se a não morrer, as criancinhas a não nascer e os cuidados de saúde a serem cada vez mais caros.

As legislatura continuam de quatro mizeros anos. Quatro anos para passar da mais ignominiosa vida medíocre para a ribalta e para aquilo que nos move a todos: o dinheiro. O maldito dinheiro.
Da segunda legislatura já se sabe o que é. Ele há tabus e mais um sem fim de razões para abruptamente um homem de bem se ver hoje de carro preto, contactos sem fim, envelopes que até se esquecem para uma travessia do deserto. E o que é pior é que os credores quando se anda por S Bento, de carro preto são sorridente e corteses. Cai-se na miséria da oposição e são todos falta de cortesia, rudes até.


Ora perguntará o benevolente leitor o que tem a ver o drama pessoal dum nobre político, só comparável aos dramas íntimos dum Hamlet, com a crise das dívidas soberanas e da tal falta de confiança ?

Muito mais do que se pensa.

Ora com a tal problema dos velhos que não morrem, das crianças que não nascem e fosse cuidados de saúde cada vez mais caros como reagiram os nossos políticos ?

Eles são apenas homens e não deuses. Iluminados por valores éticos superiores ao do cidadão comum, habilitações académicas de elevado valor e reconhecido mérito e , o que é mais, de vidas pessoais de tal modo impolutas que fariam corar de vergonha qualquer marco aurélio

Claro que nestas coisas de ética e bons costumes é preciso alguma prudência. Isso se um homem começa a por em segundo lugar o bem estar da sua família - e há valor mais elevado que a família? - por questões de bem estar público e do subido interesse da nação pode bem como disse um sábio há muito tempo:

Que interessa a um homem ganhar o mundo se perde a sua alma ?


Ora isto nestes tempos de materialismo militante quem diz alma quer dizer família - esse valor supremo - e o que é mais meus senhores: o dinheiro.

Ora o que fizeram os nossos nobres políticos em defesa intransigente dos valores éticos e da família ?

Como não havia graveto para pagar as tais pensões e cuidados de saúde, enquanto esperavam pelo nascimento das doces crianças, foram pedindo a bagalhoça emprestada.

Ideia sábia e ponderada pela qual todos ganhavam  : as forças vivas ( os tais banqueiros e malta da bagalhoca) recebiam juros muito acima do mercados, os beneficiários beneficiavam e as santas famílias e amigos - que isto quem não é agradecido aos amigos não pode ser boa pessoa - arrulhavam de prazer.

Entretanto chegava-se ao fim da legislatura. Faziam-se uns contratos de última hora, levavam-se uns papéis mais comprometedores para casa, que isto há gente que vê maldade em tudo  e os próximos que se desmerdacem com a coisa. O seu (deles) dever com a pátria findava. Pelo menos até que o próximo governo se exaurisse e chegasse o terror da segunda legislatura.

Aí, se fossem chamados a servir a Nação (com letra grande) lá acediam, muito contrariados, voltando da morna passagem por um qualquer instituto público, fundação de subido interesse público ou da tal empresa privada onde inevitavelmente se criaram laços de amizade.

Sendo pessoas de bom trato, educados e com gosto pelas relações sociais é muito natural - pelos menos entre pessoas urbanas - que o exercício da governação gere relações pessoais que, mesmo entre legislaturas, se mantenham.

 Nada na lei, nos bons costumes ou mesmo no mais elementar bom senso impede  um politico de se relacionar pessoalmente com as forças vivas do pais - que no fundo é quem leva isto para a frente - e depois, abruptamente, no fim da legislatura despedir-se com um seco adeus e agora cada um por si.

Nem tal me parecia atitude de pessoas de bem e educadas.

O que tem isto a ver com a crise da Europa?

Diz o povo e com razão que não há bem que sempre dure nem mal que nunca acabe.

Com estas sábias palavras termino que a crise da Europa é para continuar em capítulos

 Que isto da escrita como na politica fazer render o peixe é arte antiga.

O sousa de bilhete na mão




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Restaurante espanhol em frankfurt

As dividas soberanas e as outras.

A Europa, seja lá o que isso for, está metida numa camisa de onze varas.

Temos o que se chama uma crise das dividas soberana e uma crise de confiança. Assim anda tudo à turra  e à maça e ninguém se entende.

Ora eu que não tenho nenhum PhD em economia, idem em finanças mas algo mais que o snr dr Relvas atrevo-me a pensar a coisa assim:

Nos idos de sessenta e setenta com esperanças médias de vida baixas, natalidade alta e custos médicos baratos pensou-se em democratizar os acessos a saúde e as reformas.

Convinha a todos.

Aos beneficiários porque beneficiavam e ás instituições financeiras (vulgo o pessoal da bagalhoça) porque afastava o risco de revoluções comunistas.

Ora atrás do tempo tempo vem e os beneficiários obstinam-se a morrer cada vez mais velhos, a gerarem menos filhos mesmo que peçam subsidio para o Viagra, os serviços de saúde a serem cada vez mais caros e a prolongarem a vida dos doentes ad nausea. As tais instituições financeiras (vulgo forças vivas ou a malta da bagalhoça) também já não tem medo das nacionalizações dos comunistas.

 As dos regimes democráticos de bancos e a fins não metem medo que só se fazem se a coisa correr para o torto. Para o torto do contribuinte que para as instituições financeiras (vulgo amigos do snr Silva e malta da bagalhoça em geral) isto é sempre coisa que se resolva nem que seja em Cabo Verde.

Esta foi muito injusta. Conheço muito boa gente - de honestidade irrepreensível -que aplicou proventos de veniagas várias feitas com governos das duas cores nos tais bancos. Deus Nosso Senhor que tudo sabe não foi suficiente para evitar tão graves e danosas penas  e perdas para os seus patrimónios. E principalmente para a moral e saúde de quem tanto se esforçou para amealhar um pecúlio. Que isto já se sabe que sic transit a legislatura. E um homem honesto nunca sabe quando a maioria cai e o suado envelope, sabe Deus com que sacrifícios e vexames conseguido, cai nas mãos dum qualquer imberbe da ex-oposição.

Deixemos este singelo mas sentido elogio a quem nos tem bem governado. Quantas e quantas  vezes com grandes sacrifícios da vida familiar.

Que isto da governação não é mister fácil e há que sacrificar o gozo do jantar em casa, em família, afagando o boby, trocando olhares com a legitima esposa, perguntando pelo pigarro da sogra e admirando as flores que crescem na marquise na varanda das traseiras enquanto se pensa onde se vai mudar o óleo ao carro.

- Parece que na Esso é mais barato!

A governação é mister difícil e de duras penas. Troca-se numa primeira fase a leitaria da esquina por um café fugaz nos restaurantes da assembleia. Do café passa-se ao almoço rápido e deste ao bar do Ritz.

 Depois a porcaria da turística por primeira classe. Business é para tesos.

Nessa altura a marquise parece ridícula  o boby marreco e a esposa insossa.

Há maior sacrifício que este ?

Perder mulher, cão, leitaria, turística e o que é mais a marquise ?

Tudo isto para falar da crise da Europa em que os velhinhos continuam a envelhecer sem que ninguém aparentemente os impeça, os cuidados de saúde continuam a ser cada vez mais caros e os putos - esses sacanas - se recusam a nascer.

Fica para outro dia.











quarta-feira, 7 de novembro de 2012

joahnn Philipp Reis


Johann Philipp Reis (January 7, 1834 – January 14, 1874) foi o verdadeiro inventor do telefone. Era judeu sefardita.

Esta é a estátua em Frankfurt.

Um excelente artigo sobre Reis pode ser encontrado aqui na rua da judiaria.

terça-feira, 6 de novembro de 2012

A queda da garrafa do azeite...não fui eu

Igreja




Ó sino da minha aldeia,
Dolente na tarde calma,
Cada tua badalada
Soa dentro da minha alma.
E é tão lento o teu soar,
Tão como triste da vida,
Que já a primeira pancada
Tem o som de repetida.
Por mais que me tanjas perto
Quando passo, sempre errante,
És para mim como um sonho,
Soas-me na alma distante.
A cada pancada tua,
Vibrante no céu aberto,
Sinto mais longe o passado,
Sinto a saudade mais perto.

Fernando Pessoa

Cores de outono



Siempre quise
ser aprendiz de otoño,
ser pariente pequeño
del laborioso
mecánico de altura,
galopar por la tierra
repartiendo
oro,
inútil oro.
Pero, mañana,
otoño,
te ayudaré a que cobren
hojas de oro
los pobres del camino.
Otoño, buen jinete,
galopemos,
antes que nos ataje
el negro invierno.

Pablo Neruda 
Fragmento de ode

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Cenas da vida doméstica.

Descida no elevador no Empire State

Elevador do Empire State a subir

Procissão em NY

Uma estátua de josé bonifácio, herói da independência do brasil, e ilustre Macon em Bryant Park New york


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https://lh3.googleusercontent.com/-rb7clTW3XbE/UJO9I00Y84I/AAAAAAAAFCI/Qr8dfZN6OwM/s1024/SDC11709.JPG

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A casa vai melhorando.

A casa dos Sousas em Frankfurt

Os Sousas no Central Park

Uma doida no eléctrico

Viagem de eléctrico em Frankfurt

Sem gasolina em Newark.....

A estrada dos Sopranos.....

A estrada dos Sopranos.....

Saída do aeroporto de Newark