Blog dum gajo do Porto acerca de gaijas, actualidade política e sem futebol. Aqui o marmelo não gosta de futebol

quarta-feira, 18 de novembro de 2015

Sobre a França e a mais recente legislação :
Quando se compromete a liberdade, a igualdade e a solidariedade por algo que parece maior acabamos sem liberdade, igualdade ou solidariedade.
Faltam aqui dois valores : estabilidade e continuidade.
Isso era outra história

sábado, 14 de novembro de 2015

É uma pena que na análise política se use e abuse da emocionalidade.
Ser muito emocional ao ver um jogo de futebol é bom.
Afinal o nosso clube é o melhor do mundo e arredores.
Os políticos são apenas funcionários públicos que tomam decisões em nosso nome. E isto porque nós lhes demos o mandato para tal.
São uma espécie de administração de condomínio.
Seria muito mais útil , já que é o nosso dinheiro que está em jogo, avaliá -los duma forma mais distante e objectiva do que duma forma apenas emocional.
Comecemos pelo defunto governo.
Ganhou as eleições a verberar contra a austeridade. Quando chegou ao poder tinha a troyka e poderes muito limitados.
Lá conseguiu levar a carta a Garcia. Evitou um segundo resgate ou a saída do euro.
Não me parece que tenham sido brilhantes. Não descobriram a pólvora sem fumo mas cumpriram.
A oposição acusou-os de adorarem a austeridade e de terem como hobby empobrecer em a nação.
A verdade é que não apresentaram propostas alternativas.
limitaram se a argumentos emocionais.
Se isto fosse uma reunião de condomínio pediam à actual administração que fizesse obras, contratasse mais porteiros e seguranças e que baixasse a prestação
Agora temos a perspectiva dum governo PS viabilizado pelo PCP e BE. Os verdes são antigo MDP-CDE. Uma invenção do PC.
Fala-se logo do segundo resgate, saída da NATO, da volta de Vasco Gonçalves e quiçá dum ressurreição de Lenine e da falecida URSS.
Ora vamos lá todos ter juízo. O Passos Coelho fez o que pode no quadro que tinha. Agora , findo o resgate , iria paulatinamente repor algumas coisas. Até porque está limitado pela UE e pelo FMI.
O mesmo problema tem o Costa. Pode prometer amanhãs que cantam mas está limitado pela mesma UE e FMI.
Esticam se é os juros sobem e lá vem a sombra do segundo resgate.
Se o PS tivesse sido governo em vez do Passos e agora fosse o Passos na vez do Costa as diferenças seriam mínimas.
Claro que cada um lá terá o seu estilo pessoal e haveria algo de diferente aqui ou ali mas nada de radical.
No fundo o que se discute é quem fica no poder até às próximas eleições  daqui a mais ou menos seis meses.
Trata-se de gerir as sondagens
E claro as comissões e tachos que isto do poder não é só trabalho. E a vida está difícil para todos.

Porque não uma petição para que os terroristas sejam enterrados com carcaças de porcos ?

Na crença exdruxula deles a recompensa pelo martírio é o céu e as virgens.

Serem mortos por uma mulher ou serem enterrados com carcaças de porcos fazia outros crer que o martírio era inútil.

Certamente ia desanimar muitos.

Liberté, Égalité, Fraternité

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

A ver o Centeno parece-me ver o Gaspar. Boas ideias e boas teorias. Disparates sortidos na prática.

A coisa boa disto tudo é que a líder do BE já está no modo CDS.

Abdica de tudo para fazer parte do poder.

Vamos ter umas experiências mais ou menos loucas do Centeno mas com o bom senso do Costa para não levar isto ao segundo resgate.

O BE desaparece como partido mas os dirigentes ficam no poder , sempre muito  críticos do capitalismo , dentro duma órbita do PS.

O PC ganha porque se vê livre do BE como partido.

O PS  ganha os os votos do BE e pode almejar à maioria absoluta.

O PSD perde mesmo.

Depende tudo agora da forma como se gere o timing das próximas eleições.

No fundo trata - se de esvaziar o BE , que no fundo são os Syriza cá do sítio,  e tudo volta ao normal.

A Catarina do BE já tem um discurso de estado digno do Paulo Portas e já lá está.

O PC,  que como a paciência sabe esperar, só espera para lixar isto tudo e tirar o BE do mapa eleitoral.

Vamos ter o PSD com um apêndice de direita que é o CDS PP e o PS com o BE.

No fundo podemos dizer que a oeste nada de novo.

E ainda bem.

Isto do status quo tem muito que se lhe diga e é difícil de manter