Blog dum gajo do Porto acerca de gaijas, actualidade política e sem futebol. Aqui o marmelo não gosta de futebol

segunda-feira, 9 de maio de 2005


Poesias de Sylvia Plath
Respeitei a formatação original do poema e da sua tradução


Ariel

Êxtase no escuro.
E um fluir azul sem substância
De penhasco e distâncias.
Leoa de Deus,
Nos tornamos uma,
Eixo de calcanhares e joelhos! - O sulco
Fende e passa, irmã do
Arco castanho
Do pescoço que não posso abraçar,
Olhinegras
Bagas expelem escuras
Iscas -
Goles de sangue negro e doce,
Sombras.
Algo mais
Me arrasta pelos ares -
Coxas, pêlos;
Escamas de meus calcanhares.
Godiva
Branca, me descasco -
Mãos secas, secas asperezas.
E agora
Espumo com o trigo, reflexo de mares.
O grito da criança
Escorre pelo muro
E eu
Sou a flecha,
Orvalho que avança,
Suicida, e de uma vez se lança
Contra o olho
Vermelho, fornalha da manhã


E o original :

Stasis in darkness.
Then the substanceless blue
Pour of tor and distances.

God's lioness,
How one we grow,
Pivot of heels and knees! -- The furrow

Splits and passes, sister to
The brown arc
Of the neck I cannot catch,

Nigger-eye
Berries cast dark
Hooks --

Black sweet blood mouthfuls,
Shadows.
Something else

Hauls methrough air --
Thighs, hair;
Flakes from my heels.

White
Godiva, I unpeel --
Dead hands, dead stringencies.

And now I
Foam to wheat, a glitter of seas.
The child's cry

Melts in the wall.
And I
Am the arrow,

The dew that flies
Suicidal, at one with the drive
Into the red

Eye, the cauldron of morning
 Posted by Hello

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