O défice e os incêndios.

A propósito da época de incêndios o governo, obviamente mancomunado com as oposições, podia dar o golpe a Bruxelas. È simples e eu explico:

O Eng Sócrates fazia uma comunicação urgente ao país. Colocava um ar grave e explicava que durante os incêndios de verão alem de pinheiros, eucaliptos, casas, lagares e automóveis tinha ardido o défice. Fazia notar os cuidados que teve na sua guarda, o esforço dos bombeiros em o salvar, o empenho pessoal e com risco da própria vida de vários funcionários do estado para o salvar…tudo inútil. O défice desfez-se em fumo e cinzas. Não lhe ficava mal uma lagrimazita no canto do olho. Depois a câmara rodava e viam-se cinzas. Sócrates apontava para elas e dizia em tom grave:
- Foi isto que restou do défice.

Depois eram necessárias algumas personagens importantes e reconhecidas para corroborarem a queima.

O Prof. José Hermano Saraiva indicava precedentes históricos:

- Foi aqui, neste preciso local, que no tempo em que reinava D. José ardeu o défice. A marca das labaredas ainda se pode ver nas paredes….

O Prof. Boaventura Sousa Santos podia explicar como arde um défice:

- Dado o muito que está em causa, nem o Estado pode ser deixado aos políticos nem a ciência pode ser deixada aos cientistas. O Estado será mais eficaz se assumir a participação activa dos cidadãos como o seu principal critério político. A ciência será mais eficaz se assumir a incerteza: se for mais aberta à pluralidade de opiniões no seu seio e menos arrogante em relação ao saber-testemunho dos cidadãos que sofrem na pele as consequências da sua imprevisão.

Depois eram precisos dois ou três economistas de preferência ligados à oposição e um prémio Nobel da Economia a confirmarem o incêndio.

É claro que os gajos do BCE e da Comissão iam ficar danados…..mas ….que haviam de fazer ?
O raio do défice tinha ardido.

E os Italianos e Gregos de certeza que nos iam apoiar.