Eu também acho que se deve esclarecer. Um caso de corrupção e logo no Brasil? Assim onde vamos parar?
Sim, pergunta o Sousita ?
Imaginava-se lá que no Brasil para se fazer alguma coisa era preciso pagar?
Horror e iniquidade!
O Sousita bufa de indignação.
Por este andar ainda vamos permitir desvios de fundos públicos em Angola, desrespeito dos direitos humanos nos Emiratos, ou até trabalho escravo na China. E o que é pior corrupção. A fonte de todos os males. E logo na América do Sul, terra da lisura – no bolso e na alma – e do respeito pela lei.
Deve investigar-se e formar desde já uma rigorosa comissão de inquérito que deverá averiguar, até ás ultimas consequências, – e doa a quem doer – quaisquer fumos de corrupção no Brasil, na Guatemala, nas Honduras e em El Salvador.
Até porque nestes países pouco habituados ao compadrio e à corrupção é nefastíssimo deixar passar um caso destes em branco.
O Sousita sugeria a Fátima Felgueiras, O Major Valentim e o Zezé Camarinha para o conselho deontológico da dita comissão.
Para o conselho fiscal poderão nomear-se uns assessores do Collor de Mello, que até tem experiência no caso.
Para pôr a coisa por escrito não devem faltar no Brasil pessoas suficientemente habilitadas para conseguir resultados satisfatórios num inquérito.
Deverá colocar-se sempre um polícia de choque ou um vulgar jagunço no inquérito das testemunhas. Devem sempre respeitar-se os costumes e usos locais.
Claro que se houver julgamento em Portugal não é nada de inédito. Quem não se lembra do julgamento do caso Melancia?
Um horror!
Imaginem! Um caso de alegada corrupção em Macau.
Quem havia de dizer? Até em Macau havia maçãs podres!
No entanto a convicção do Sousita é que no Brasil isto não passa dum mal entendido e que tudo se vai resolver a bem das partes.
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