Segredo e justiça.
As escrituras de compra e venda de bens imóveis são públicas, isto é, ao contrário dos segredos e das confidências devem ser públicas. Muitos outros documentos e registo são públicos outros são confidenciais.
Ora parece que Portugal tem um problema crónico com os segredos. Se calhar pelo facto de serem segredos são mais facilmente alvo da cusquisse e daí à sua divulgação.
Ataranta-se o Sr. Procurador, irrita-se oJuiz, treme o escutado e investiga-se.
Pelo caminho da investigação não se vai a parte nenhuma. Por mais comissões de inquérito que vão agir com todo o rigor e até ás ultimas consequências, como é da praxe dizer-se, não se chega a parte nenhuma.
O Sousita tem uma solução, que não sendo a ideal, iria pelo menos impedir a divulgação dos segredos de justiça tão facilmente. E fazia-se por decreto!
Todos nós sabemos que procurar um documento, dos públicos e a que temos acesso, numa repartição pública é missão impossível. Ora o sistema está em baixo, ora o Sr. Silva – o único que sabe encontrar o processo – está doente e, muito mais frequentemente: ora bolas! Não conseguimos encontrar o processo. Por mais voltas que dê, por mais requerimentos que se faça o desgraçado não aparece.
Assim bastava o governo tornar público o segredo de justiça e sigilosos os registos públicos para facilitar a vida a toda a gente.
Quem queria um registo público bastava ir à Internet ou comprar um jornal, e o sistema judicial podia dormir descansado que nunca mais ninguém encontrava as escutas.
E mais simples, não era?
Sem comentários:
Enviar um comentário