Blog dum gajo do Porto acerca de gaijas, actualidade política e sem futebol. Aqui o marmelo não gosta de futebol

sábado, 12 de agosto de 2006

Há uma questão interessantíssima no que respeita à integração de imigrantes e à forma como podem e devem coexistir sociedades diferentes com paradigmas diferentes.

No que respeita à integração de imigrantes, nomeadamente Árabes e Islâmicos, há dois grandes paradigmas a saber: o Francês e o Inglês.

Duma forma simplista podemos dizer que os Ingleses aceitam pacificamente os estrangeiros desde que cumpram a common law e vivam sossegadamente nos seus bairros. Não fazem qualquer esforço para que estes ao tornarem mesmo cidadãos britânicos interiorizem seja o que for. Cumpram as leis, respeitam a coroa e não nos chateiem. Não os obrigam a frequentar Ascot muito pelo contrário. Tentam que fiquem lá pelo seu bairro. Podem, e devem, continuar a comer os seus pratos típicos e a verem os seus canais de televisão. “Essa gente” não deve ter interesse, nem compreensão suficiente, para o humor Inglês ou para a BBC.
Se as filhas, ou os filhos querem usar um pano na cara desde que não sirva para dar cobertura a assaltos é lá com eles.
Se exigem que falem Inglês é pura e simplesmente com um fim comunicacional. Ninguém, bem-nascido, fala a língua desses estrangeiros e é melhor que eles falem a língua da bíblia que, como toda a gente sabe, é o Inglês.

Os franceses por outro lado querem integrar mesmo os imigrantes. Não lhes basta que vivam e trabalhem em França. Estes devem passar a gostar de pernas de rãs, de vinho, dizer ou–la-la quando estão contentes, ué por oui se vivem na região de Paris, ler Victor Hugo e Racine. Querem que sejam tão franceses ou mais que os franceses. Consideram inadmissível que uma francesa, ou quase francesa, use um véu na escola. O código civil deve ser mais que cumprido interiorizado.

Parece que os resultados práticos das duas politicas não são famosos. A queima dos carros em França e a formação de células radicais em Inglaterra.