O nosso Papa ainda não está habituado a ser Papa. Como bom professor universitário não tem noção que o que o professor diz, que até pode ser inócuo, na voz de um Papa, pode ser o diabo, salvo seja a imagem.
Vem o bom do Ratzinger levantar fantasmas passados.
As nossas religiões, o islamismo e o cristianismo, basearam-se na fé – é certo – mas nas conversões mais ou menos forçadas.
O método tradicionalmente utilizado era a conversão voluntária, seguida da ameaça, da agressão física e, - se tal não chegasse – à eliminação física dos não crentes.
Foram métodos utilizados, com regulares bons resultados, e nunca contestados.
Entre o islamismo e o cristianismo podemos tentar descobrir quem fez mais massacres, limpezas étnicas, genocídios e afins. Pode ser um exercício interessante e criativo.
Se calhar, e dou isto de barato, uma das duas religiões poderá ter sido responsável por menos assassínios, por menos dez ou vinte genocídios, por muito menos crimes que a outra.
Se calhar poderá ser possível provar, duma forma cientifica e certa, que uma delas matou ou torturou – em nome da caridade e da fé verdadeira – muito menos gente que a outra.
Se calhar um dia poderemos afirmar com um grau absoluto de certeza, não contestado pela outra parte, que em nome de Cristo ou de Maomé foram violadas, assassinadas, torturadas, roubadas ou humilhadas menos ou mais pessoas que as da parte contrária.
Agora vir o bom do Papa falar do passado é que não lembra o diabo. O passado das duas religiões é no mínimo tétrico e digno dum filme de terror.
E não seria o mundo muito mais bonito e feliz se a herança de Maomé e Cristo se tivesse perdido?
Eu penso que sim.
E o bom Deus certamente pensará o mesmo.
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