Não tenho a mais pequena duvida que vai ganhar o não no referendo do aborto.
Não sei se os votos vão dar os tais cinquenta por cento ou não.
Agora que o não vai ganhar, disso, tenho a certeza.
E quem vai votar?
As mesmas senhoras e cavalheiros que recorreram ao Dantas da avenida da Boavista, que foram à D. Alice-, à clínica de Oiã, e que mendigaram um proginom B oleoso, na década de oitenta.
Vão agora, muito menopausicos, verberar pela ordem e moral contra a desordem moral reinante.
Ahhh!
Houvera memória!
Quem na geração dos nascidos nos sessenta, ou menos, pode – sem mentir descaradamente – jurar que nunca tal coisa lhe passou pela cabeça, mãos ou carteira?
Há que tempos, um doido, sugeriu – perante uma lapidação – que quem não tivesse pecados atirasse a primeira pedra. Teve sorte. Ainda havia gente séria e guardaram as pedras. Bons tempos!
Atiremos nós as pedras e – falando francamente – a quem diz o respeito o aborto legal ou ilegal?
A gente para quem nenhuma religião foi feita e que, vistas bem as coisas, não merece nenhuma consideração da nossa parte a não ser reflexões morais – não éticas – e tal e coisa!
Se são pobres e desempregados porque há-de o Estado – todos nós – tratar-lhe dos problemas?
Tem lógica, sim senhor!
Não tem é ética, não senhor!
Chato, não é ?
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