Segunda parte duma história cuja primeira parte está aqui
Já vimos que o nosso António, vulgo abecede, já tem a pulsão acirrada, o superego em brando repouso e a alma invulnerável aos apelos desesperados da razão, do próprio superego, que mesmo em serviços mínimos alguma coisa haveria de fazer e, mesmo da mais vulgar decência e recato, que tanto convêm a homem da sua idade, posição, estado civil e filiação religiosa. Da partidária não falemos, por serem tempos difíceis esses, em que dois mundos colidiam e as convicções politicas e partidárias a enfermarem da sua própria juventude e da falta de preparação politica de dirigentes, militantes e simpatizantes ainda não davam frutos que se vissem. Não que o nosso António fosse dado a arroubos políticos, porque nesses, como nos outros, sempre fora pessoa prudente, e económica em desvairos vários, pese embora não fosse daqueles que dizia em publico que a sua politica era o trabalho, bolas, sempre tinha a sua opinião, evitava, como em quase tudo o resto dar opinião forte e decisiva, que o vinculasse para todo o sempre, sem possibilidade de marcha atrás.
Deixemos a discrição psicológica do personagem e o enquadramento na época. Isto fica bem a histórias de parágrafos longos, pontilhados de vírgulas, muito bem arrumadas e em que, a profundidade da psique do herói, ou mais geralmente do anti-heroi, é fundamental ao desencadear da catarse. O concatenar factos históricos, normalmente mais que conhecidos com a análise, mais que profunda, do carácter da personagem ou personagens faz o nosso coro grego desatar a cantar sem que ninguém lhe peça ou mesmo ouça.
Neste caso prescindimos do coro, e coitados foram todos arrumar carros e cá vamos nós ao sumo da história, até porque já ouço bocejar, ou o que é pior mudar de página. Som terrível para quem escreve na net.
Corrido o coro e dado o enquadramento histórico e psicológico do herói vamos ao que interessa: o gajo foi ás putas e vai haver relatos explícitos de sexo.
Ora assim é que é falar. Se uma história não tem desenhos tem de ter discrições gráficas de sexo.
Infelizmente, dado o adiantado da hora, e como amanhã é dia de trabalho, deixo o resto da história para outro dia.
Pode o leitor impaciente pelos relatos gráficos efectuar a sua pivia recorrendo à imaginação, o que alia prazer, se bem que fugaz, a algum esforço intelectual, o que o poderá furtar futuramente aos horrores do Alzheimer, ou, se tal esforço se demonstrar de todo em todo inútil, quer por falta de massa cinzenta, quer de outra massa mais difícil de recuperar, pode visitar uma página mais explicita cujas imagens o possam ajudar a encher, mesmo que não completamente, os corpos cavernosos do pénis.
Este episódio, como pode o benévolo leitor constatar, foi mesmo para encher
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