Blog dum gajo do Porto acerca de gaijas, actualidade política e sem futebol. Aqui o marmelo não gosta de futebol

domingo, 24 de janeiro de 2010

Haiti e autodeterminação

O que aconteceu no Haiti foi terrível:

Um país sem rei nem roque em que por um acaso do destino cai um terramoto do pior género que há.

O governo, como é de bom tom nestas republicas bananeiras, esgueira-se e desaparece para o país vizinho.

Haja vergonha.

Que não há nunca nas repúblicas das bananas.

A ajuda internacional está confusa e muito desorganizada. O que nada espanta se pensarmos que o presidente da república preferiu esperar o desenlace dos acontecimentos no país vizinho.

Sem rei nem roque o país espera apenas que um conjunto de pessoas que vem dos mais diversos países se auto-organizem e façam o que deveria ser feito pelo governo do Haiti. Penso que o governo Haitiano era pago pelos haitianos e, o mínimo que poderia fazer para fazer juz ao ordenado, deveria ter ficado no local.

Preocupou-se muito a comunidade internacional com a possibilidade de levarem crianças para fora do Haiti sabe deus para que fins.

Do ponto de vista prático é verdade que muitas as crianças levadas pelas "boas almas" poderiam acabar em redes de prostituição ou até a doarem órgãos. É verdade e o mundo é mesmo assim.

No entanto a verdade é que se mesmo que vinte e cinco por cento dos meninos haitianos que são levados para o exterior tivessem esse fim os outros 75% se calhar não o teriam.

E, resta saber se, dado os bons e sucessivos governos do Haiti a esperança dum futuro melhor não passa pela saída do país. Mesmo com o risco de 25% ou mais terem este triste fim.

Qual a percentagem de meninos e meninas do Haiti que se safam, mesmo sem terramoto, no seu país?

E isso leva-nos à questão fundamental:

Os habitantes do Haiti e de outros que tais não tem direito a autodeterminação da autodeterminação?

Os bons pensamentos que deram tão rapidamente e mantiveram independências de repúblicas das bananas não tiveram em conta que nesses países vivem pessoas que sentem e sofrem como todos os outros?

Não haverá um conjunto de pessoas que tem um direito inalienável de se libertarem das autodeterminações das cleptocracias e passarem a gozar de direitos?

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