E está o mundo arrelampado porque se descobriu que era hábito, não de roupa, mas de uso, muito arreigado e muito lá de casa os padres e outros senhores da Igreja, Católica, Apostólica e Romana, comungarem, não na partícula mas na hóstia, no sentido espanhol do termo, nos esfíncteres de meninos.
Cai o Carmo e a Trindade, que não caíram em 1755 e abespinham-se os anti-clericais de serviço.
Lamentam-se os sacristas do costume e verberam por uma limpeza nas hostes.
Comungamos nós, não nos esfíncteres de meninos, mas na posição dos dois.
Sabe Deus, e Esse não costuma partilhar connosco tais preocupações, quão importantes são tais reflexões para o bem-estar do universo!
Toda a gente sabia que nos seminários e afins cu de menino era de uso comum e, se não usado, culpa se devia a mera coincidência e obra do acaso.
Que era uso e tradição andar tudo a jogar ao viradinho…
Fica tudo agora indignado?
Ai Jesus que ninguém sabia?
Haja é vergonha e não se venha a abusar do que toda a gente sabia.
Ou havia aqui alguém que tenha a distinta lata de vir dizer que não sabia?
Valha-nos Deus e um burro aos coices…
Era tanto segredo como o jardim dos Jerónimos ou o parque Eduardo VII, ou a baixa do Porto ou de Lisboa há uns anos.
Toda a gente sabia, dentro da igreja, os ateus impenitentes e o publico em geral.
E toda a gente se calou.
E achavam que mal por mal antes com meninos e meninas (raras) ,filhos de ninguém, ou quase de ninguém, e que daí (do abuso) não viria grande mal ao mundo.
E, vistas bem as coisas, os efebos nem grávidos ficavam.
E toda a gente sabia que as coisas eram assim.
Ou vem agora dizer que nem tal coisa lhes passou pela cabeça?
Quem?
Ora porra!
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