-E cá pelo nosso canto parece que começam tambem essas idéas... O conego assim o ouvira. Então indignaram-se contra essa turba de maçons, de republicanos, de socialistas, gente que quer a destruição de tudo o que é respeitavel--o clero, a instrucção religiosa, a familia, o exercito e a riqueza... Ah! a sociedade estava ameaçada por monstros desencadeados! Eram necessarias as antigas repressões, a masmorra e a forca. Sobretudo inspirar aos homens a fé e o respeito pelo sacerdote. --Ahi ó que está o mal, disse Amaro, é que nos não respeitam! Não fazem senão desacreditar-nos... Destroem no povo a veneração pelo sacerdocio... --Calumniam-nos infamamente, disse n'um tom profundo o conego. Então junto d'elles passaram duas senhoras, uma já de cabellos brancos, o ar muito nobre; a outra, uma creaturinha delgada e pallida, d'olheiras batidas, os cotovêlos agudos collados a uma cinta d'esterilidade, _pouff_ enorme no vestido, cuia forte, tacões de palmo. --Caspitè! disse o conego baixo, tocando o cotovêlo do collega. Hein, seu padre Amaro?... Aquillo é que vossê queria confessar. --Já lá vai o tempo, padre-mestre, disse o parocho rindo, já as não confesso senão casadas!
Blog dum gajo do Porto acerca de gaijas, actualidade política e sem futebol. Aqui o marmelo não gosta de futebol
sábado, 24 de abril de 2010
Mais do Crime do Padre Amaro
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