Ora vai o velho sousa, em local pouco iluminado diga-se, mão direita no bolso onde leva a carteira e o isqueiro dentro da dita. No bolso esquerdo os telemóveis. Nos bolsos de trás notas pequenas e tabaco.
Vai daí um puto com ar meio cigano deita-me a mão ao braço esquerdo.
Ato reflexo prego-lhe uma pera com a direita e, em bom e sonoro português e com sotaque do norte, faço insinuações e até afirmações sobre a profissão da mãe do meliante, sobre os seus hábitos e preferências sexuais e extendo tão profundas reflexões sobre as tias e primas do dito.
Não tinha eu chegado a meio de tal dissertação quando vindo sabe Deus de onde surje uma bisarma tipo vilão do james bond mas para o maior.
Aplica tal hóstia ao candidato a gatuno que posso assegurar que serviu de baptismo, crisma, comunhão solene e todos os sacramentos da Santa Madre igreja.
Excepção feita à extrema unção por falta de padre que a admnistrasse.
Juntou-se um grupo de pessoas que enquanto dava uns coques no desgraçado que nem se mexia me perguntavam comi eu estava.
Sem língua comum lá expliquei que alles gut, no problem e mais um chuto no gajo e fodem-no.
Falavam na milícia, que é a policia local.
Achava eu mais oportuno uma ambulância ou mesmo uma funerária.
Lá fiz um prodígio de russo e ucraniano e consegui explicar que o homem estava bem pior que o chapéu dum trolha- quiçá ucraniano- ao fim dum ano de trabalho e que se duma simples costela de Adão se fez Eva a pêra que o colosso lhe deu deve ter inutiluzado uma dúzia delas.
O criaturo lá se levantou. Ajudeio-o a levantar e ainda lhe dei 200 uae.
Agradeceu-me e lá foi à vida dele.
Foi o karasho mais sentido, em todos os sentidos, que ouvi por aqui.
Mancava um pouco.
Enviado de Samsung Mobile
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