Blog dum gajo do Porto acerca de gaijas, actualidade política e sem futebol. Aqui o marmelo não gosta de futebol

quarta-feira, 6 de julho de 2005

mais CCO

O défice e o CCO.


Nós já percebemos que as contas do Bagão Félix foram deliberadamente aldrabadas. Numa lógica intrínseca ao pensamento português isto é aceitável. Era para comer Bruxelas. Faz-se o que se pode em defesa da nação e, vistas bem as coisas, aldrabar Bruxelas não tem uma gravidade por aí além. È sina nossa aldrabar.

Vem o Sócrates e – qual virgem pudica – sem imaginar tal malfeitoria, e após promessas e mais promessas, faz um orçamento rectificativo. Este sim verdadeiro e de rigor. Para se apoiar pede, ao rigoroso Banco de Portugal, um relatório – rigorosíssimo e até ás centésimas. As milésimas foram dispensadas.

Até aqui tudo bem. Não fora isto Portugal e as coisas correriam bem.


O problema é que estão os dois: o do Banco de Portugal e o do Governo. Errados, ou como se diz no Porto: gatados. (por acaso até se diz pior mas não interessa.)

Ulula a oposição, os que aldrabaram o défice, e gritam:

- Anátema!

Responde o governo, os que se enganaram e que já sabiam os valores:

- Cismáticos!


E agora sabemos todos que o défice é, aproxegadamente, e mais ou menos, isto é, mais arroba menos quintal e com um grau de grande certeza grande como o carago, isto é, se não for pequeno, ou mesmo médio, ou até mínimo, quer-se dizer: até pode dar lucro. Lucro não que o défice nunca dá lucro pode é haver um super-avit (à maneira do Porto)
Ou mesmo um Batman.

Sabemos também que a culpa disto é do governo anterior ao governo anterior, do último governo, do presente governo e das facilidades que se deram, ou dariam, ou poderiam ter sido dadas, ou foram dadas, e por ordem de citação. No entanto – e isto com toda a certeza – pode-se afirmar que não se podem por em causa certas e determinadas, ou mesmo indeterminadas, mesmo vagas e enviesadas situações, que, na certeza porém e todavia, com efeito, para todos os efeitos e de certa maneira, se – é certo que não foram – poderiam, para todos os efeitos, em determinadas circunstâncias, para as quais devemos – ou deveríamos – ter a melhor atenção e análise, sem salvaguarda de melhor opinião, verificando todos os condicionalismo da situação – presente, passada e mesmo futura – e, tendo em conta, os pareceres dos parceiros sociais, dos pastorinhos de Fátima – mesmo que em mesa de pé de galo - e tendo em conta o impacto negativo – ou positivo ou neutro – de tais atitudes e determinações poderá ter um impacto na sociedade portuguesa positivo ou negativo, ou – como asseguram certos economistas de renome – muito antes pelo contrário, ou mesmo um efeito contrário na adversividade –que como muito bem explica o Prof. Sousa Santos: não é por ter um efeito adverso na adversividade que se torna em felicidade. Aliás o contrario de adversividade não é felicidade.


Assim


Sabemos também que os objectivos a atingir são, assim a modos que, na certeza porém, de mais ou menos, quer-se dizer: prontos! A gente diminui o suposto défice, aumenta a receita e diminui a despesa.

E que quanto a valores, também não há duvidas. Se num país pouco imaginativo há um orçamento e um valor de défice em Portugal temos, graças a Deus, uma solução – tão século XXI, de múltiplos paradigmas para aplicar a uma situação.

Podemos aplicar o paradigma Bagão : Desconstrucionista e que poderia finalizar por desconstruir a própria noção de défice. O défice não existe e se existisse não era este. Tem raízes na teoria sistémica e será uma síntese do descontrucionismo ( défice e não défice ou o não não défice) e a teoria sistémica ( aquilo que chamamos não não défice mantém-se inalterado num sistema fechado ou aberto ? )


Ou o pradigma Banco de Portugal : Psicanalista : acto falhado. O investimento libido (triebe) tinha como fim o perfeccionismo. Crise do Édipo. Pai intolerante (Mário Soares). O investimento narcísico na perfeição, para agradar o pai imaginado ou real, leva à compulsão. O trabalho final, como é óbvio sai errado. Claro que podia continuar a dissertar sobre isto até ao infinito….


Ou o paradigma Sócrates. Behaviorismo. Aprende, ou deveria aprender, por condicionamento simples (o rapaz é um simples não chegou ao outro)

Enfim…

Uma choldra…….como diria o Eça…

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