
Naquela estreita, deserta região
sempre assolada pelos temporais
que entre cona e cu, em depressão,
geram grossa chuva e vendavais,
naquele curto istmo que medeia,
abandonado, entre ânus e vagina,
nessa ponte que afasta e aproxima
da fecal matéria a seminal ideia
perde-se um homem olhando o escuro
e diz para consigo – onde é que eu furo? –
e, geralmente, fura mais acima
vencida a humana incerteza,
porque da cona lhe pode vir merda
mas do cu lhe virá merda com certeza.
Fernando Correia Pina
Sem comentários:
Enviar um comentário