Carta ao Pai Natal - Manuel Alegre
Pai natal quando voares nos céus da minha Pátria
Quando aterrares as renas nas planícies do meu País
Lembra-te desta carta, pedido singelo
De um homem que só para a Pátria pede
Para si… Nada quis.
Se o nevoeiro que levou D. Sebastião
Te fizer perder o rumo e baralhar o norte
Segue o cheiro a verde pinho
Ouve a minha trova no vento que passa
E chegarás às chaminés do meu país
Pátria desafortunada. Sem euros. Má sorte.
Numa das chaminés de Lisboa
Sentirás o odor e verás o fumo negro da traição
Que o teu trenó sobre ela paire
Que sobre a chaminé de Soares a tua rena páre
E solte bosta. Um imponente cagalhão.
Assinado: Manuel Alegre
(o plágio é do mesmo, homenagem ao anónimo)
2 comentários:
ahahahha
e eu que digo que **poesia é uma das formas possíveis de "escrever" a vida...** :)
Bom... "Trovas do vento que passa"... fui transportada à voz do saudoso Adriano Correia de Oliveira.
"Cantar aqueles que partiram... É DAR FORÇA Á LIBERDADE!..."
Sousinha, a PONTE é mesmo a passagen para a outra margem...
Começo a entender o título do teu blog.
beijos (bem merecidos)
Assina: leitora recente, mas, assídua.
Peço desculpa a "omaia" por não ter observado bem.
Beijos
Ass: leitora recente, mas, assidua
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