Blog dum gajo do Porto acerca de gaijas, actualidade política e sem futebol. Aqui o marmelo não gosta de futebol
domingo, 21 de janeiro de 2007
Os bons exemplos, como de costume, em Portugal, vêm sempre de cima.
Os outros carros estavam mal estacionados? Estavam, sem sombra de dúvida. A placa é clara. Proibido parar ou estacionar. Isso significa que … não se pode parar ou estacionar. Penso não haver duas opiniões.
Que um carro da polícia ou uma ambulância em serviço – relevante – o faça penso eu que é aceitável.
Agora qual é a mensagem que recebe o autuado?
Nós, os polícias, tínhamos lugar disponíveis para estacionar. Sem infringir qualquer norma, no entanto como os senhores tem os seus veículos em infracção estacionamos nós em infracção para os punir por estarem em infracção.
Gramática e lógica bastante discutíveis.
Quando o Sousita perguntou se aquela carrinha feia também ia ser multada o polícia sugeriu uma ida até à esquadra.
È escusado dizer que isto passou-se em dia de não jogo. Nos dias de futebol há uma derrogação à lei geral e pode-se estacionar onde se puder e couber. Garagens incluídas.
sábado, 20 de janeiro de 2007
Ó jardineira
Porque estás tão triste?
Mas o que foi que te aconteceu
Foi a camélia
Que caiu do galho
Deu dois suspiros
E depois morreu
Vem jardineira
Vem meu amor
Não fiques triste
Que este mundo
Todo é teu
Tu és muito mais bonita
Que a camélia que morreu
Marchinha de Benedito Lacerda e Humberto Porto (Carnaval de 1939)
Porque estás tão triste?
Mas o que foi que te aconteceu
Foi a camélia
Que caiu do galho
Deu dois suspiros
E depois morreu
Vem jardineira
Vem meu amor
Não fiques triste
Que este mundo
Todo é teu
Tu és muito mais bonita
Que a camélia que morreu
Marchinha de Benedito Lacerda e Humberto Porto (Carnaval de 1939)
quinta-feira, 18 de janeiro de 2007
Não tenho a mais pequena duvida que vai ganhar o não no referendo do aborto.
Não sei se os votos vão dar os tais cinquenta por cento ou não.
Agora que o não vai ganhar, disso, tenho a certeza.
E quem vai votar?
As mesmas senhoras e cavalheiros que recorreram ao Dantas da avenida da Boavista, que foram à D. Alice-, à clínica de Oiã, e que mendigaram um proginom B oleoso, na década de oitenta.
Vão agora, muito menopausicos, verberar pela ordem e moral contra a desordem moral reinante.
Ahhh!
Houvera memória!
Quem na geração dos nascidos nos sessenta, ou menos, pode – sem mentir descaradamente – jurar que nunca tal coisa lhe passou pela cabeça, mãos ou carteira?
Há que tempos, um doido, sugeriu – perante uma lapidação – que quem não tivesse pecados atirasse a primeira pedra. Teve sorte. Ainda havia gente séria e guardaram as pedras. Bons tempos!
Atiremos nós as pedras e – falando francamente – a quem diz o respeito o aborto legal ou ilegal?
A gente para quem nenhuma religião foi feita e que, vistas bem as coisas, não merece nenhuma consideração da nossa parte a não ser reflexões morais – não éticas – e tal e coisa!
Se são pobres e desempregados porque há-de o Estado – todos nós – tratar-lhe dos problemas?
Tem lógica, sim senhor!
Não tem é ética, não senhor!
Chato, não é ?
Não sei se os votos vão dar os tais cinquenta por cento ou não.
Agora que o não vai ganhar, disso, tenho a certeza.
E quem vai votar?
As mesmas senhoras e cavalheiros que recorreram ao Dantas da avenida da Boavista, que foram à D. Alice-, à clínica de Oiã, e que mendigaram um proginom B oleoso, na década de oitenta.
Vão agora, muito menopausicos, verberar pela ordem e moral contra a desordem moral reinante.
Ahhh!
Houvera memória!
Quem na geração dos nascidos nos sessenta, ou menos, pode – sem mentir descaradamente – jurar que nunca tal coisa lhe passou pela cabeça, mãos ou carteira?
Há que tempos, um doido, sugeriu – perante uma lapidação – que quem não tivesse pecados atirasse a primeira pedra. Teve sorte. Ainda havia gente séria e guardaram as pedras. Bons tempos!
Atiremos nós as pedras e – falando francamente – a quem diz o respeito o aborto legal ou ilegal?
A gente para quem nenhuma religião foi feita e que, vistas bem as coisas, não merece nenhuma consideração da nossa parte a não ser reflexões morais – não éticas – e tal e coisa!
Se são pobres e desempregados porque há-de o Estado – todos nós – tratar-lhe dos problemas?
Tem lógica, sim senhor!
Não tem é ética, não senhor!
Chato, não é ?
Já que se fala de aborto sejamos um pouco francos:
Há alguém que não conheça uma clínica, ou hospital público, ou ginecologista onde se façam regular e ilegalmente abortos?
Não?
Então você é um totó!
Fazem-se na cidade do Porto e arredores nos seguintes locais:
Censurado Censurado Censurado Censurado Censurado Censurado Censurado Censurado
Claro que se não sabe é o presidente honorário, votado por unanimidade e aclamação, o presidente – ou presidenta – do clube dos totós!
Toooooda a gente sabe…!
A sério!
Agora a questão é :
Deve a patroa ir – legalmente – a Los Arcos (número do telefone e anúncio nos jornais diários) e a empregada à D. Alice (sem habilitações e curiosa com algum sucesso) para garantir a moralidade duma sociedade?
Parece-me bom do ponto de vista de manter a ordem social e a hierarquia mas mau do ponto vista ético.
Enfim…seja qual for o resultado do referendo aconselho a ir a uma clínica privada. Se legal em Portugal, se não em Espanha.
Se ganhar o não os pobres, já habituados a o serem, podem – e devem – continuar a recorrer às habilidosas nacionais.
Quem tem algum dinheiro, e juízo, continua a ir a Espanha.
Há alguém que não conheça uma clínica, ou hospital público, ou ginecologista onde se façam regular e ilegalmente abortos?
Não?
Então você é um totó!
Fazem-se na cidade do Porto e arredores nos seguintes locais:
Censurado Censurado Censurado Censurado Censurado Censurado Censurado Censurado
Claro que se não sabe é o presidente honorário, votado por unanimidade e aclamação, o presidente – ou presidenta – do clube dos totós!
Toooooda a gente sabe…!
A sério!
Agora a questão é :
Deve a patroa ir – legalmente – a Los Arcos (número do telefone e anúncio nos jornais diários) e a empregada à D. Alice (sem habilitações e curiosa com algum sucesso) para garantir a moralidade duma sociedade?
Parece-me bom do ponto de vista de manter a ordem social e a hierarquia mas mau do ponto vista ético.
Enfim…seja qual for o resultado do referendo aconselho a ir a uma clínica privada. Se legal em Portugal, se não em Espanha.
Se ganhar o não os pobres, já habituados a o serem, podem – e devem – continuar a recorrer às habilidosas nacionais.
Quem tem algum dinheiro, e juízo, continua a ir a Espanha.
Há na discussão da interrupção voluntária da gravidez ou do aborto – e atentemos que a própria designação implica uma tomada de posição – uma série de hipocrisias do tamanho da torre dos clérigos.
Estamos a falar de fetos, ou projectos de seres humanos, e de mulheres que deixam de ser mães.
Não estamos a falar de orçamentos de estado ou de leis menores.
Haja respeito e, aquela de quem muito se fala e pouco se olha, ética.
Argumentos do tipo:
Os meus impostos não devem pagar….
Na minha barriga mando eu…
Não é assim!
Estamos a discutir é se uma mulher deve ou não ser responsabilizada criminalmente por um acto. Acto que deve ser feito em liberdade e com a consciência e responsabilidade respectivas.
Qual o meu voto?
É sim à despenalização. No entanto com o coração a sangrar por cada um feito.
Raios partam esta ordem social em que há milhões de obesos e milhões de famélicos, em que há milhões de mulheres a querem sem mães e não conseguem e milhões que não querem e até o são sem quererem e que há milhões de crianças de rua e milhões de pessoas a quererem adoptar, sem conseguir.
Se um dia nos pedirem contas –a todos – do raio de ordem que demos a este planeta vamo-nos ver fodidinhos, como diria a Celo, para explicar a um E.T. a organização interna desta porcaria.
Eu, a exemplo de Nuremberga, diria que cumpria ordens…eu sei que sem grande sucesso…
E você ?
Estamos a falar de fetos, ou projectos de seres humanos, e de mulheres que deixam de ser mães.
Não estamos a falar de orçamentos de estado ou de leis menores.
Haja respeito e, aquela de quem muito se fala e pouco se olha, ética.
Argumentos do tipo:
Os meus impostos não devem pagar….
Na minha barriga mando eu…
Não é assim!
Estamos a discutir é se uma mulher deve ou não ser responsabilizada criminalmente por um acto. Acto que deve ser feito em liberdade e com a consciência e responsabilidade respectivas.
Qual o meu voto?
É sim à despenalização. No entanto com o coração a sangrar por cada um feito.
Raios partam esta ordem social em que há milhões de obesos e milhões de famélicos, em que há milhões de mulheres a querem sem mães e não conseguem e milhões que não querem e até o são sem quererem e que há milhões de crianças de rua e milhões de pessoas a quererem adoptar, sem conseguir.
Se um dia nos pedirem contas –a todos – do raio de ordem que demos a este planeta vamo-nos ver fodidinhos, como diria a Celo, para explicar a um E.T. a organização interna desta porcaria.
Eu, a exemplo de Nuremberga, diria que cumpria ordens…eu sei que sem grande sucesso…
E você ?
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