Blog dum gajo do Porto acerca de gaijas, actualidade política e sem futebol. Aqui o marmelo não gosta de futebol

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Milagres, engrimanços, criacionistas e F.D.P.


Os milagres de Fátima, os despachos, –não aduaneiros que esses sim muitas das vezes tem em si algo de transcendente – os engrimanços do Professor Karamba e similares , a levitação dos monges tibetanos, as aparições de várias divindades, menores e maiores, os feitiços, as macumbas, as curas milagrosas e o enriquecimento milagroso via negócio em pirâmide tem em comum, com os milagres relatados na bíblia, no alcorão e noutros livros venerandos como o livro de S.Cipriano, o de capa dura –verdadeiro e tudo – o facto de ninguém no seu perfeito juízo acreditar neles.

Todos nós, crentes ou descrentes, sabemos que a coisa não é bem assim e que há razões muito ponderadas para acreditar que são tudo balelas.

Até, e isto não é displicente, porque sabemos que uma divindade omnipotente não pode fazer algo de impossível tipo fazer crescer um membro amputado ou curar imediatamente uma simples constipação.

Colocar frutos instantaneamente, dentro ou fora da época, numa árvore, fazer crescer uma simples erva daninha 50 centímetros em dez segundos estão claramente fora do alcance das divindades.

Podem, e isto á posteriori, salvar alguém duma doença fatal e já com a pretensa vítima desenganada pelos médicos, conseguir alguns sobreviventes da queda dum avião, separar pessoas ou mesmo, como anunciam alguns, resolver problemas de tribunal. Tudo isto é possível é claro sem relatórios médicos convincentes ou testemunhas credíveis. Um factor importante é que o milagre não pode ser anunciado e deve ser presenciado por amigos de conhecidos de amigos.

Quantos aos tribunais até me acredito porque tudo aquilo me parece sobrenatural e mais milagre menos milagre nada é de espantar.

Outro ramo em que são bons é nos milagres muito antigos ou acontecidos em locais distantes e de difícil ou mesmo impossível confirmação. Aí os prodígios jorram.

Aliás na linguagem popular, a tal vox populi, dizem-se normalmente frases como:

- Fia-te na virgem e não corras,

- Sabes mais que a Lúcia,

E outras que tais.

Há um consenso no não funcionamento das fórmulas mágicas, dos negócios em pirâmide e nos produtos da TV shop.

Agora a questão é porque é que as pessoas compram e pagam tais fórmulas?

Há, como diz o povo, horas do diabo, e nesses momentos de desespero, bem aproveitado pelos vendedores da banha da cobra, a tal que estica e não dobra, podemos comprar a esperança duma solução rápida e definitiva para os nossos problemas.

Mesmo tendo grandes dúvidas quanto ao resultado.

Fraquezas humanas.

Agora quem as vende -seja religião, bruxaria ou negócios em pirâmide – tem um nome. Não é?

Devido ao avançado da hora e às papas de sarrabulho que comi não me ocorre agora mas penso que começa por filho de qualquer coisa.

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