Reflexão, já um pouco etílica – diga-se em abono da verdade – depois de uma ida à roulotte (é assim que se escreve?) cerca das duas horas da manhã.
Perto de minha casa há uma roulotte aberta toda a noite. Tão aberta toda a noite como a loja de conveniência igualmente aberta toda a noite. Meia volta volta e meia fecham uma e outra. Felizmente raramente as duas ao mesmo tempo.
O proprietário da roulotte está sempre perto do coma alcoólico e é muito simpático com o único pula que vai beber um copo a estas horas. Compro duas cervejas e ele oferece-me um whisky duplo. Coisa que a preços locais orça os dez euros.
Reclama porque lá vou pouco.
Estamos, como não poderia deixar de ser, em cima de lixo e o trânsito é caótico. Um SUV da Lexus quase destrui uma Hiace dum candongueiro (táxis semi-legais que transportam até 15 passageiros numa Hiace) na fila da gasolina.
Como se diz aqui: não tem maka, o man não chegou a entrar no prejuízo.
Chegou a polícia depois e levou um tipo. Fiz-me de morto e nem olharam para mim. É que nestas coisas entre polícias e ladrões venha o diabo e escolha.
Socializei um bocado e vim embora.
O local é simpático e a companhia óptima. Para Angola, é claro, que o ultimo amigo que lá levei, e era muito mais cedo, saiu borradito de medo.
Também ele é duma cidade pacífica. Nasceu e viveu em S.Paulo.
Um sinal, por acaso grave, de insanidade é achar este tipo de coisas normais. Diz ele e eu comungo.
Por favor:
Quando eu achar tudo isto normal metam-me num avião.
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