Os polícias de choque que empacotam
as bombas e explodem.
OUTRAS VEZES, POR DESFASTIO, SÃO:
As autoridades que apostam na bosta para
a sementeira dos guardas vingar
Os deputados que justificam a força
do uso com a força do uso da força.
Os investidores que apoiam a polícia da
democracia e o cão em ge(ne)ral.
Os magistrados que lançam mão da ficha in
formática para fazer luz sobre a temática.
Os militares com o dedo que apontam sem desvio
ao olho e vice-versa.
Os tecnocratas que instituem o im
posto an(u)al para cães.
Os psiquiatras que erguem a voz por motivos
alheios à sua vontade.
Os mestres que zelam por que tudo continue
como está e quase nada vice-versa.
Os escritores que encaminham as almas
para o seu solo de tromba.
Os funcionários públicos que recebem
poleiros com hygiephone bucal.
Os sacerdotes que dão peidos que
embalam a cidade.
Os internados no manicómio que não
digerem nada porque ficaram sem os dentes.
Os jornalistas que se referem às
conquistas de abril.
O povo que desembrulha o pacote
e explode.
OU ENTÃO SÃO:
As autoridades que têm jus ao uso
da força por força da força.
Os deputados que apoiam a polícia democrática
em geral e o cão político em particular.
Os magistrados que metem o dedo no olho do
arguido para ver se ele contém argueiro.
Os militares que ensinam os cães a reagir
ao toque de defecar.
Os tecnocratas que rebaixam a voz quando
se querem fazer ouvir no ovil.
Os psiquiatras que zelam por que tudo o que
não é proibido pareça e digamos vice-versa.
Os mestres que encaminham as almas
para o seu sítio.
Os escritores que operam com números
velhos e colírios novos.
Os funcionários públicos que dão peidos
dentro da legalidade sindical.
Os sacerdotes que digerem tudo
porque só ingerem papa claro.
Os internados no manicómio que se referem
às conquistas de abril.
Os jornalistas que embrulham as bombas
que explodem na boca do leitor.
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