Blog dum gajo do Porto acerca de gaijas, actualidade política e sem futebol. Aqui o marmelo não gosta de futebol

terça-feira, 13 de abril de 2010

Continuação da visita do papa de Alberto Pimenta

Os polícias de choque que empacotam

as bombas e explodem.

OUTRAS VEZES, POR DESFASTIO, SÃO:

As autoridades que apostam na bosta para

a sementeira dos guardas vingar

Os deputados que justificam a força

do uso com a força do uso da força.

Os investidores que apoiam a polícia da

democracia e o cão em ge(ne)ral.

Os magistrados que lançam mão da ficha in

formática para fazer luz sobre a temática.

Os militares com o dedo que apontam sem desvio

ao olho e vice-versa.

Os tecnocratas que instituem o im

posto an(u)al para cães.

Os psiquiatras que erguem a voz por motivos

alheios à sua vontade.

Os mestres que zelam por que tudo continue

como está e quase nada vice-versa.

Os escritores que encaminham as almas

para o seu solo de tromba.

Os funcionários públicos que recebem

poleiros com hygiephone bucal.

Os sacerdotes que dão peidos que

embalam a cidade.

Os internados no manicómio que não

digerem nada porque ficaram sem os dentes.

Os jornalistas que se referem às

conquistas de abril.

O povo que desembrulha o pacote

e explode.

OU ENTÃO SÃO:

As autoridades que têm jus ao uso

da força por força da força.

Os deputados que apoiam a polícia democrática

em geral e o cão político em particular.

Os magistrados que metem o dedo no olho do

arguido para ver se ele contém argueiro.

Os militares que ensinam os cães a reagir

ao toque de defecar.

Os tecnocratas que rebaixam a voz quando

se querem fazer ouvir no ovil.

Os psiquiatras que zelam por que tudo o que

não é proibido pareça e digamos vice-versa.

Os mestres que encaminham as almas

para o seu sítio.

Os escritores que operam com números

velhos e colírios novos.

Os funcionários públicos que dão peidos

dentro da legalidade sindical.

Os sacerdotes que digerem tudo

porque só ingerem papa claro.

Os internados no manicómio que se referem

às conquistas de abril.

Os jornalistas que embrulham as bombas

que explodem na boca do leitor.

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