segunda-feira, 31 de agosto de 2009
domingo, 30 de agosto de 2009
Cores de Inverno.
Aqui faz calor mas é o pico do Inverno. Tenho de ver esta imagem com o ar condicionado ligado para sentir o Inverno.
Um nome de restaurante a não esquecer
Recomendo o bife à negrão. O vinho, se bem escolhido, nem é assim tão caro. O serviço é um pouco lento mas aqui também temos tempo. Depois fomos ao Chiliout na ilha. Uma discoteca ao nível de qualquer outra na europa. Beatiful people e um bom serviço. A discoteca é ao ar livre e tem praia privativa.
sábado, 29 de agosto de 2009
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
quinta-feira, 27 de agosto de 2009
Angola e o padre António Vieira.
Mosquitos...
Ao contrário dos mosquitos que estamos habituados os mosquitos daqui não voam, com o barulho característico do voo do mosquito, e por essa razão são facilmente detectados.
Os mosquitos daqui são particularmente f.d.p.
Ficam parados em sítios escuros e raramente voam. Estou aqui no computador e depois da desinfestação da casa é vê-los à minha espera na mobília e na parede.
Sereníssimos!
À espera que a gente se distraia.
Valha-nos o insecticida.
O Sousa e a policia....
O Sousita nunca tinha sido parado pela polícia. Como não há fome que não traga fartura foi hoje parado 2 (duas) vezes pela polícia. Uma na baixa outra na estrada da Samba.
A primeira foi mais difícil. Os camaradas pediram 14000 Kwanzas (140 Euros). Eu desatei-me a rir. Expliquei-lhes, educadamente, que tal quantia daria direito, no mínimo, a conduzir bêbado, na faixa contrária e com as luzes apagadas.
Muito renitentemente lá aceitaram 2000 Kwanzas.
Findo o dia, e já na estrada da Samba, voltam a mandar-me parar. Lá lhes expliquei já tinha sido parado e que já tinha pago. Não se condoeram. Mais dois mil Kwanzas.
De facto deveria haver um sistema de informação que funcionasse, ou pelo menos um recibo informal, que permitisse à polícia saber se é verdade ou não que o cidadão já foi esbulhado por outros distintos colegas evitando assim quer o golpe – dizer que já se pagou quando tal não corresponde à verdade- quer a dupla tributação.
Comentário da Maria do Rosário: eu acho que o sistema de informação funciona, e bem! Eles divulgaram que havia um tuga, de t-shirt pólo com uma corzinha paneleira – lilás -, que conduz um Hyundai Tucson cinza, e que está sem carta internacional…Anda só com fotocópia….e depois passaram a informação!! Além do mais, até sabiam onde ele morava e tudo…portanto sabiam o caminho que ele fazia para casa!!! E ele ainda diz que eles não têm um sistema de informação que funcione!!!!!!
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Fumigação das ruas
Mais um dia em Angola. Transito, poluição, muita, e principalmente, contrastes.
Passei o dia na cidade. Visitas e negócios. Negócios poucos que aqui todo o cuidado é pouco.
Entre os vários sítios que fui o escritório dum colega.
Impecável e funcional. Agora o piso térreo do prédio é de fugir.
Está, aparentemente, a dar-se bem.
É extraordinário como o preço das habitações é tão caro e há tantos prédios, em zonas nobres abandonados a meio da construção. Habitam lá jovens, tão jovens são, marginais.
Não cheiram cola, como no Brasil ou na Tailândia, mas gasolina. Colocam gasolina num pano e inalam.
É surreal uma cidade em que no tosco dum prédio que nunca o será, meninos que nunca o serão, cheiram gasolina entre carros, igualmente a gasolina, de centenas de milhares de euros.
Não chegam a ser perigosos. Tem um ar assustado e sobrevivem a lavar carros na cidade.
Não parecem ser perigosos mas todo o cuidado é pouco.
Lembraram-me um poema de Bel:
Fils de bourgeois ou fils d'apotre
Tous les enfants sont comme les votres
Fils de cesar ou fils de rien
Tous les enfants sont comme le tien
Le meme sourire les memes larmes
Les memes alarmes les memes soupirs
Possa existir um deus tão misericordioso que nos perdoe essas e outras.
Mas falemos de outras coisas:
Um café na ilha que por mais incrível que pareça até é fácil lá chegar.
Uma esplanada agradável. Praia muita e segura. Estamos no Inverno está deserta.
Perdi-me num mercado entre a baixa e Alvalade.
O mesmo cenário. População muito jovem e, parece, que todas as meninas estão grávidas.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Esperemos que seja lido por muita gente.
"Tenho a impressão de que cada vez que os países caribenhos e latinoamericanos se reúnem com o presidente dos Estados Unidos da América, é para pedir-lhe coisas ou para reclamar coisas. Quase sempre, é para culpar os Estados Unidos de nossos males passados, presentes e futuros. Não creio que isso seja de todo justo.
Não podemos esquecer que a América Latina teve universidades antes de que os Estados Unidos criassem Harvard e William & Mary, que são as primeiras universidades desse país. Não podemos esquecer que nesse continente, como no mundo inteiro, pelo menos até 1750 todos os americanos eram mais ou menos iguais: todos eram pobres.
Ao aparecer a Revolução Industrial na Inglaterra, outros países sobem nesse vagão: Alemanha, França, Estados Unidos, Canadá, Austrália, Nova Zelândia e aqui a Revolução Industrial passou pela América Latina como um cometa, e não nos demos conta. Certamente perdemos a oportunidade.
Há também uma diferença muito grande. Lendo a história da América Latina, comparada com a história dos Estados Unidos, compreende-se que a América Latina não teve um John Winthrop espanhol, nem português, que viesse com a Bíblia em sua mão disposto a construir uma Cidade sobre uma Colina, uma cidade que brilhasse, como foi a pretensão dos peregrinos que chegaram aos Estados Unidos.
Faz 50 anos, o México era mais rico que Portugal. Em 1950, um país como o Brasil tinha uma renda per capita mais elevada que o da Coréia do Sul. Faz 60 anos, Honduras tinha mais riqueza per capita que Cingapura, e hoje Cingapura em questão de 35 a 40 anos é um país com $40.000 de renda anual por habitante. Bem, algo nós fizemos mal, os latinoamericanos.
Que fizemos errado? Nem posso enumerar todas as coisas que fizemos mal. Para começar, temos uma escolaridade de 7 anos. Essa é a escolaridade média da América Latina e não é o caso da maioria dos países asiáticos. Certamente não é o caso de países como Estados Unidos e Canadá, com a melhor educação do mundo, similar a dos europeus. De cada 10 estudantes que ingressam no nível secundário na América Latina, em alguns países, só um termina esse nível secundário. Há países que têm uma mortalidade infantil de 50 crianças por cada mil, quando a média nos países asiáticos mais avançados é de 8, 9 ou 10.
Nós temos países onde a carga tributária é de 12% do produto interno bruto e não é responsabilidade de ninguém, exceto nossa, que não cobremos dinheiro das pessoas mais ricas dos nossos países. Ninguém tem a culpa disso, a não ser nós mesmos.
Em 1950, cada cidadão norteamericano era quatro vezes mais rico que um cidadão latinoamericano. Hoje em dia, um cidadão norteamericano é 10 15 ou 20 vezes mais rico que um latinoamericano. Isso não é culpa dos Estados Unidos, é culpa nossa.
No meu pronunciamento desta manhã, me referi a um fato que para mim é grotesco e que somente demonstra que o sistema de valores do século XX, que parece ser o que estamos pondo em prática também no século XXI, é um sistema de valores equivocado. Porque não pode ser que o mundo rico dedique 100.000 milhões de dólares para aliviar a pobreza dos 80% da população do mundo "num planeta que tem 2.500 milhões de seres humanos com uma renda de $2 por dia" e que gaste 13 vezes mais ($1.300.000.000.000) em armas e soldados.
*Como disse esta manhã, não pode ser que a América Latina gaste $50.000* milhões em armas e soldados. Eu me pergunto: quem é o nosso inimigo? Nosso inimigo, presidente Correa, desta desigualdade que o Sr. aponta com muita razão, é a falta de educação; é o analfabetismo; é que não gastamos na saúde de nosso povo; que não criamos a infraestrutura necessária, os caminhos, as estradas, os portos, os aeroportos; que não estamos dedicando os recursos necessários para deter a degradação do meio ambiente; é a desigualdade que temos que nos envergonhar realmente; é produto, entre muitas outras coisas, certamente, de que não estamos educando nossos filhos e nossas filhas.
Vá alguém a uma universidade latinoamericana e parece no entanto que estamos nos sessenta, setenta ou oitenta. Parece que nos esquecemos de que em 9 de novembro de 1989 aconteceu algo de muito importante, ao cair o Muro de Berlim, e que o mundo mudou. Temos que aceitar que este é um mundo diferente, e nisso francamente penso que os acadêmicos, que toda gente pensante, que todos os economistas, que todos os historiadores, quase concordam que o século XXI é um século dos asiáticos não dos latinoamericanos. E eu, lamentavelmente, concordo com eles. Porque enquanto nós continuamos discutindo sobre ideologias, continuamos discutindo sobre todos os "ismos" (qual é o melhor? capitalismo, socialismo, comunismo, liberalismo, neoliberalismo, socialcristianismo...) os asiáticos encontraram um "ismo" muito realista para o século XXI e o final do século XX, que é o *pragmatismo*. Para só citar um exemplo, recordemos que quando Deng Xiaoping visitou Cingapura e a Coréia do Sul, depois de ter-se dado conta de que seus próprios vizinhos estavam enriquecendo de uma maneira muito acelerada, regressou a Pequim e disse aos velhos camaradas maoístas que o haviam acompanhado na Grande Marcha: "Bem, a verdade, queridos camaradas, é que a mim não importa se o gato é branco ou negro, só o que me interessa é que cace ratos". E se Mao estivesse vivo, teria morrido de novo quando disse que "a verdade é que enriquecer é glorioso". E enquanto os chineses fazem isso, e desde 1979 até hoje crescem a 11%, 12% ou 13%, e tiraram 300 milhões de habitantes da pobreza, nós continuamos discutindo sobre ideologias que devíamos ter enterrado há muito tempo atrás.
A boa notícia é que isto Deng Xiaoping o conseguiu quando tinha 74 anos.. Olhando em volta, queridos presidentes, não vejo ninguém que esteja perto dos 74 anos. Por isso só lhes peço que não esperemos completá-los para fazer as mudanças que temos que fazer.
Muchas gracias"
A riqueza e a pobreza das nações.
Mais uma para o rol de doenças.
Lida agora aqui
Doença estranha mata populares no Caimbambo
kimbandeiro Fernando Bindji, responsável pela cura de inúmeros pacientes que sofriam desta estranha doença, afirma só haverem mortes em pacientes que não o contactaram atempadamente.
Alguns familiares dos pacientes disseram a O PAÍS que o hospital local não consegue acudir as vítimas desta epidemia. Por causa disso, recorrem aos kimbandeiros das aldeias mais próximas da sede municipal, onde esperam encontrar cura. “Quando vamos ao hospital, mandam- nos esperar ou então nos dizem para ir a Benguela. Tanto uma como outra solução só nos fazem perder mais tempo e, muitas vezes, perder até o próprio doente”, lamentou Lucas Tchitekulo, alegando que a solução do pessoal do Caimbambo é recorrer aos kimbandeiros que se preocupam em fazer tudo para garantir a cura do doente.
domingo, 23 de agosto de 2009
É relativo o valor das coisas.
Passo a explicar:
Um BMW X5 4,8 a gasolina é caro na Europa.
Aqui também.
No entanto, e aqui está a relatividade da coisa, um X5 abandona-se.
Dura pouco aqui e faltam peças.
E, de qualquer modo, só para ver o que tem são 10.000 dollares.
Não vale a pena.
No entanto é um bom carro. Dura quase um ano.
Os Hummer são igualmente bons. Os que estão abandonados na cidade tem, na grande maioria, oito nove meses. Duraram muito.
A maioria dos carros estacionados em Luanda foram abandonados. Não há peças nem quem componha. Está um Tuareg abandonado porque partiu a roda dianteira esquerda. Também não é grande espigarda. É o diesel e já tem para aí um ano. Tiraram o resto das peças e lá ficou.
A reparação dum para-choques traseiro duma carrinha Ford são 4000 Euros.
Pagamento do rodizio
Felizmente tinha bananas em casa. E aqui, como são produto nacional, são baratas. Por cinco euros já se consegue um quilo! Uma pechincha.
Preços pornográficos
A conta de um rodizio para duas pessoas.
O rodizio era um bife mal amanhado.
A cerveja nem era má (sagres) e o whisky bom.
Cento e sessenta e tal dolares.
Pagamos em Kwanzas!
Gripe A em Angola
Eu, que até sou o hipocondríaco de serviço, se estivesse em Portugal estava a pensar em como não apanhar o H5N1, ou lá como se chama, o vírus da gripe A.
Aqui, e com todo o respeito, o estou-me a cagar para o H5N1 e família.
Tendo em conta que há uma epidemia de Ébola, Magdeburgo, febre de Lassa, cólera, doença do sono, malária, cegueira dos rios, raiva e tantas outras doenças fatais ou incapacitantes que se transmitem por picadas de mosquitos, saladas, água, carne, moscas, bichezas várias e de difícil catalogação, de pessoa a pessoa e até por meios ainda não desvendados pela ciência a gripe dos porquitos até parece bem simpática.
E aqui o valor médio da vida humana é bastante inferior à cotação europeia.
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
No entanto o que parece ter é falta de organização. Há coisas super simples que podiam remediar alguns dos problemas.
A terra aqui é vermelha e como terra que é suja tudo. Há equipes de varredores que varrem e varrem. Para nada, é claro. Os passeios não são cimentados.São de terra. A terra da rua, que veio dos passeios é varrida para os passeios e, como é de esperar, volta para a rua.
Diga-se em abono da verdade que os varredores estão de máscara. O que já nem é mau.
Agora se cimentassem os passeios, se calhar, a terra confinava-se debaixo do cimento e já melhorava um bocado.
A organização do trânsito é inexistente. Quatro ou cinco rotundas resolviam parte dos problemas. É inacreditável mas em de se perder uma hora para voltar ao mesmo sitio só porque não há uma rotunda.
Se os policias de trânsito em vez de esfolarem os passantes dessem, pelo menos nas horas vagas e entre um esbugadela e outra, uma mãozinha aos cruzamentos se calhar não se perdia nada.
Torna-se assim Angola a terra do desenrasca e do lucro fácil sem qualquer perspectiva de futuro. Os investimentos são feitos para retorno imediato sem deixarem qualquer mais-valia para o futuro. Qualquer projecto que não seja especulação ou lucro imediato é impensável. A corrupção inviabiliza-o atraindo apenas aventureiros em busca do lucro fácil.
Agora é a vez dos chineses. Devem estar a sangrar o país até à última gota. Estão a construir as estradas. Devem durar até às primeiras chuvas e, se algum dia se fizessem as contas, certamente ir-se-ia descobrir que ficaram muito mais caras do que se fossem bem feitas.
É pena porque é um povo simpático e que já levou a sua parte de sofrimento.
quinta-feira, 20 de agosto de 2009
Ecologia.
A média de consumo dos primeiros quilómetros.
Não admira. Sempre em primeira e com o ar condicionado ligado.
Afinal não fui comido...
As tais lâmpadas que comprei que carregavm com luz solar sempre funcionam. Infelizmente dão menos luz que o piloto do depurador de água. Agora que dão luz dão. Pouca é certo mas de boa vontade.