Blog dum gajo do Porto acerca de gaijas, actualidade política e sem futebol. Aqui o marmelo não gosta de futebol

terça-feira, 30 de setembro de 2008


No entender de José Sócrates, importa sublinhar que “o que está na origem deste problema são decisões do sistema financeiro dos Estados Unidos”. É por conseguinte sobre Washington que o chefe do Governo português deposita o ónus da estratégia de saída do abalo financeiro.

“É muito importante que, com responsabilidade, seja encontrada uma solução para o problema que os próprios Estados Unidos criaram”, frisou.
Edifício da PJ assaltado em Lisboa

O edifício da Polícia Judiciária que alberga a Direcção Central de Combate ao Banditismo (DCCB), em Lisboa, foi assaltado na madrugada do passado sábado através de escalamento por um homem com antecedentes criminais, que conseguiu fugir acabando por ser detido pelas autoridades horas mais tarde, confirmou esta terça-feira a PJ.

Afinal nem tudo é mau na pornografia


Afinal nem tudo é mau na pornografia


Segundo o 20 minutos

Mirar imágenes pornográficas de hombres y mujeres juntos puede aumentar la calidad del esperma de un hombre. Al menos eso es lo que se deprende de un estudio dirigido por Leigh Simmons, profesor de Biología Evolutiva de la Universidad de Australia Occidental.

http://www.20minutos.es/noticia/415829/0/porno/semen/calidad/

É por estas e por outras que os tintins do Sousa estão recheados de atletas olimpicos sem doping.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

Dawkins e a religião

A ilusão de Dawkins num mundo melhor sem religião é uma é a prova que até se pode saber muito numa certa area do saber e nada noutras.

Ora vamos lá a ver em que mundo é que vivemos. A maioria das pessoas não tem uma vida nem perto de ser feliz, vivem inseguros, sem nunca verem satisfeitas as suas mais básicas necessidades. Infelizmente a satisfação pessoal não passa só pela satisfação de necessidades económicas. Mesmo numa sociedade de super abundancia, os problemas continuam a existir, ou porque por haver demasiada comida disponivel as pessoas começam a engordar, ou porque por daqueles azares a pessoa se vê privada de saude.

Infelizmente a maioria das pessoas é infeliz e tem uma vida chata como o caraças e, o que é bem pior, sem nenhuma hipótese de haver uma melhoria real das condições.

O que pode a ciência dar à D. Odete que tem 54 anos, casada desde os vinte com um bom homem mas com um problema de alcoolismo, sem que tal o torne violento mas mesmo assim uma grande chatice porque nunca trabalhou por aí alem, está impotente há mais tempo do que ela se lembra e de qualquer modo pelo problema de obesidade crónica e incontinenia urinária da nossa D.Odete já poucas esperanças lhe dá de recuperar algum do tempo passado. A casa é de má qualidade e está sempre em risco de se ver despejada porque , pelo menos é o que se diz, há um projecto para deitar aquilo tudo abaixo e depois é que vai ser. Dos filhos (três) um está no Linhó por uns problemas que teve com umas más companhias , a filha está casada mas está desempregada e o marido tambem e estão em vias de perder a casa. A neta mais nova sofre de asma e tem , coitadinha, a cara de fuínha do pai. Deus me perdoe – diz a D. Odete- é minha neta mas é muito feínha.
O outro filho, coitadito, meteu-se nas drogas e anda para aí ao Deus dará. Eu lá lhe vou dando o que posso mas aquilo metendo-se neles não há nada que os cure.

Ora perante um caso destes, e que é muito mais comum do que nos parece e até nem é dos piores, o que se pode dizer à D.Odete, aos filhos da D.Odete e até à neta da mesma se já tiver discirnimento para compreender ?

Talvez o que possa impedir este sistema familiar de cair no maior dos desesperos é apresentar-lhes um doce Jesus, que nem interfere com os diabetes da D.Odete e que lhes vai resolver todos os problemas.

Sejamos realistas neste mundo já não parece haver muita solução para a D.Odete. assim ela deverá ir para uma relgião que dê a salvação só após a morte. Esta vida é um vale de lágrimas mas após a morte, seguindo algumas formas simples de seguir e contribuindo com algum – que nunca poderá ser muito até porque são pobres – vão ter acesso ao céu onde o leite e mel jorram, não há diabetes, o marido da D.Odete não bebe e as casas não são demolidas nem levadas pelo banco e que os netos são lindos como anjos e voam em volta da avó.Isto pode facilmente conseguir na Igreja Católica, em qualquer confissão Luterana. È só procurar.

Se entretanto a D. Odete está um bocado rebarbada com o mundo e bastante azeda, o que aliás é mais que comprensivel pode escolher uma religião que alem de a salvar garanta ao outros que não são salvos grandes chatices e por toda a eternidade. Não seria uma grande recompensa ser salva como nas outras religiões mas saber que os outros, os que tiveram aqui uma vida refestelada vão estar em grandes tribulações e ela, com os netos a esvoaçarem em volta dela num grande prado verde, com temperatura controlado, debicando doces com açucar mesmo e que não fazem diabetes, a ver aquela vizinha bonitona, rica e saudavel, com o marido quase perfeito a arderem nas chamas do inferno porque não ouviram a palavra do doce Jesus que salva, infelizmente apenas pós-mortem, mas de uma forma definitiva e para todo o sempre? Para isso tem as testemunhas de Jeová e outras confissões apocalipticas.

Para os filhos da D.Odete ainda pode haver esperança. Certamente como gente jovem que são ainda terão alguma esperança aqui neste vale de lágrimas e certamente não tem tanta paciência assim para esperar pela morte. Vão tentar aqui e agora. Tem à sua disposição a Igreja Universal, diverso bruxos e adivinhos nos jornais diários. Se forem mais exigentes podem experimentar a Ciêntologia ou o Segredo do Bob Procter sempre são novidades no mercado.

Claro que a solução da D.Odete é mais razoável. Cumprir alguma regras aqui e receber no álem. Possivelmente os filhos e netos da senhora não vão melhorar a sua situação por estarem nesta ou naquela religião e aínda vão gastar algum dinheiro.

No entanto a descrença total e a certeza que isto aqui é mau como o caraças ia ter que vantagens ?

Corriamos o risco dos filhos e netos, quiçá espicaçados pela D.Odete, começarem a provocar disturbios, organizarem-se em gangues ou partidos radicais e desatarem a exigir neste mundo aquilo que apenas lhes está reservado no outro.

Nestes tempos de crise económica seria o caminho direitinho ao caos social.


As escolas biblicas e as religiões de imersão total, tipo evangélicas, testemunhas de Jeová e outras que tais são a nossa barreira contra o caos social.

Do ponto de vista evolucionário as sociedades não seriam sustentáveis se a grande maioria fossem ateus. Que adiantava à classe mais favorecida ter várias mulheres, comida e gado se a maioria dos famintos lhes assaltassem a casa lhes levasse as mulheres e o gado ?

Claro que podiam usar guardas armados mas é bastante importante que uma grande parte das pessoas voluntáriamente se afastem dos bens materias. Para os recalcitrantes há as armas. Isto permitiu haver um conjunto de pessoas com um excesso de bens que lhes permitiu ter espaçp para fazer arte e cultura, enfim a civilização

Pelo que se prova que as religiões não são um mal em si mas um factor determinante na evolução das sociedades.
A Câmara de Lisboa atribuiu 3.200 casas por cunha, segundo a edição deste sábado do Expresso. Em causa estão moradias, palácios, lojas ou apartamentos dados à Câmara Municipal de Lisboa como contrapartida de benefícios atribuídos a cooperativas de habitação.


semanário



Ora bolas...quem parte e reparte e não fica, ou dá, a melhor parte.....

Medicamentos da tanga

Quem compra na internet é burro e até sabe que está a comprar algo de ilegal e possivelmente falsificado.

Agora a minha dúvida, e muito fundada, é se eles não estão a entrar no mercado das farmácias.

Mas, e isto muito cá para nós que ninguem nos ouve, alguém tem dúvidas como entram no mercado ?

Ora vá lá....um pequeno esforço e chegam lá...

Agora um estado que não paga atempadamente aos fornecedores se calhar não pode pedir produtos genuinos, não é ?

Lembra-me a história do gajo que dá uma nota falsa ao ceguinho e o pedinte reclama que a nota é falsa o contribuinte diz que se ele viu a nota não é cego.

Claro que o pedinte diz que também por uma nota falsa não se pode ter um verdadeiro cego.

Quem não dá o exemplo de seriedade não poderá os fornecedores de aldrabarem.

Arte de furtar espelho de enganos, theatro de verdades, mostrador de horas minguadas, gazua geral dos reynos de Portugal : offerecida a el Rey nosso S

Arte de furtar espelho de enganos, theatro de verdades, mostrador de horas minguadas, gazua geral dos reynos de Portugal : offerecida a el Rey nosso Senhor D. Joaõ IV, para que a emende Por António Vieira, António de Sousa de Macedo, Juan Bernabé Palomino, Guilherme Francisco Lourenço Debrie, Manuel da Costa, Martinho Schagen, Congregação da Missão:


"De outras tretas ufao ainda mais fuaves para fe fazerem fenhores do alheyo a titulo de beneficios fantafticos principalmente quando tratao de fe voltarem para o Reyno fingenvfe validos e poderofos com os Miniftros de todos os Confelhos e até com as Altezas e Mageftades offerecenvfe nos que fentem de mais churume que farao na Corte fuas partes e como nenhuma ha que nao tenha nella requerimentos todos fe difpendem com donativos eoíTertas que dizem com as pefloas ee lies vaõ agafalhando tudo e pondo em liftas quê nunca mais hao de ver íeus negocios e para os apòyar moftrao cartas que fingem dôs Validos e Miniftros onde vaõ topar os pleitos e requerimentos e fazendo delias efporas e gara vatos defpenhaõ os pertend entes ç os desbalizaõ de quanto tem e aífim os roubao a titulo de lhes em beneficios fem nunca os acré"

Um conto de fadas

Era uma vez um ourives que era muito rico. Vendia muitas alianças, pulseiras, aneis e broches. Mesmo vendendo broches nunca foi acusado ou mesmo suspeito de lenocinino. Tal não era possivel ou mesmo pensavel por ser homem probo, recto e de bons costumes. Com o tempo vendia mais e mais peças de ouro para todos os reinos vizinhos e mesmo para os mais distantes, dos quais apenas chegavam noticias esparsa e raras, normalmente fantasiosas e sem fundamento. Os seus produtos eram feitos por artesãos competentes e dedicados. Desde a recolha do ouro, à sua fundição, à junção das pedras, tudo era controlado e de qualidade. No reino quase todos trabalhavem para ele. Se não directamente pelo menos indirectamente. Os seus olhos, de um azul àgua humedeciam-se quando viam os diários e o razão. Pouca ou quase nenhuma subfacturação fazia, e se o fez tal era rápidamente perdoado pelos cobradores do rei dada a sua fama de homem probo e sério. Além do mais , como diria o chefe dos cobradores reais em confissão ao rei, pecados quem não os tem ? E isto não são pecados mas antes pecadilhos. Riram-se muito os dois da piada.

O negócio prosperava e em reinos muito longinquos o nome dos seus produtos era citado como valor perene.

Um dia pela hora undécima, como convem a narrativas tétricas, um demónio tentador, daqueles cuja ociosidade e eternidade os leva, à falta de melhor afazer, a tentar os humanos, decidiu, por sua alta recreação tentar o nosso bom ourives.

Meu dito meu feito, e por artes que a decência não me permite revelar, induziu o bom do ourives a pecar.

Rezam testemunhos acima de qualquer suspeita que nesse exacto momento foram preseniados prodigios para os quais a humana razão não nos permite dar explicação satisfastória:

As aves voaram para trás, as luzes da Câmara Municipal de Lisboa apagaram-se misteriosamente e , o que é mais, o Sousa da Ponte deu um traque fedorento cujo som parecia, atestado por vários testemunhos, o requiem do Mozart.

A semente do mal entrara na mente, e no que é bem pior : na alma, do bom ourives. O anjo negro da ganância começava a dominá-lo. A bem da verdade ele resistiu ao inicio mas a sombra do mal entrara no seu coração e não o largava nem de dia nem de noite: acordava a sonhar com ligas de cobre e de pirite, na substituição das pedras preciosas e semipreciosas por cacos de vidro. Via-se rico. Ora bolas, pensava ele, rico sou eu, mas antes muito rico, super rico, hiper rico. Giga rico.

No entanto suava e o coração recusava-se.

Enfim... resumámos a história que já vai longa e chata.

Claro que acabou por substituir o ouro por uma liga fatela e as pedras por vidro.

Como todos os vilões deste mundo foi apanhado e os clientes devolveram a mercadoria e não lhe pagaram.

O credores faziam fila à sua porta.

Desesperado ia suicidar-se mas lembrou-se que a sua queda ia arrastar o rei consigo. Afinal a guita toda do reino passava por ele. Recompôs-se e falou com o rei.

È verdade, dizem as crónicas, que o rei ficou fodido com a história e que lhe chamou uma série de nomes feios, cujos me recuso a bem da decência a reproduzir aqui, mas lá ficou com as jóias falsas e obrigou os súbditos a comprarem a um preço inflaccionado esse lixo, pagou ao credores e deu-lhe guita para comprar mais ouro e fez um novo imposto para pagar o prejuízo. Os súbditos lá pagaram e alguns que refilaram foram presos. Eram gente perigosa e pouco dada a pagarem as suas contas.


O ourives lá continuou com o negócio e aprendeu uma lição muito importante:

A desonestidade não compensa e a partir desse dia nunca mais fez nenhuma desonestidade até porque morreu duma indigestão de ostras no dia seguinte.

Felizmente, e esta é o moral da história, que não vivemos em tais tempos.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Ao Sousa hoje deu-lhe para fuçar em velharias...

Apre não havia necessidade !

encontrado na:

CHRONICA DE EL-REI D. PEDRO I do Fernão Lopes

Como el-rei mandou capar um seu escudeiro, porque dormiu com uma mulher
casada.


Era ainda el-rei Dom Pedro muito cioso, assim de mulheres de sua casa,
como de seus officiaes e das outras todas do povo, e fazia grandes
justiças em quaesquer que dormiam com mulheres casadas ou virgens, e
isso mesmo com freiras.

Onde aqueeceu que em sua casa havia um corregedor da côrte a que
chamavam Lourenço Gonçalves, homem mui entendido e bem razoado cumpridor
de todas as cousas que lhe el-rei mandava fazer, e não corrompido por
nenhuns falsos offerecimentos que trasmudam os juizos dos homens. E
porque o el-rei achava leal e bem verdadeiro, fiava d'elle muito, e
queria-lhe grande bem.

E era este corregedor muito honrado de sua casa e estado, e muito
praceiro e de boa conversação, e seria então em meia idade. Sua mulher
havia nome Catharina Tosse, briosa, louçã e muito aposta, de graciosas
manhas e bem acostumada.

Em esta sesão vivia com el-rei um bom escudeiro, e para muito, mancebo,
e homem de prole, e n'aquelle tempo estremado em assignadas bondades,
grande justador e cavalgador, grande monteiro e caçador, luctador e
travador de grandes ligeirices, e de todas as manhas que se a bons
homens requerem,--chamado por nome Affonso Madeira,--por a qual rasão o
el-rei amava muito e lhe fazia bem gradas mercês.

Este escudeiro se veiu a namorar de Catharina Tosse, e mal cuidados os
perigos que lhe advir podiam de tal feito, tão ardentemente se lançou a
lhe querer bem, que não podia perder d'ella vista e desejo: assim era
traspassado do seu amor. Mas, porque lugar e tempo não concorriam para
lhe fallar como elle queria, e por ter aso de a requerer ameude de seus
deshonestos amores, firmou com o aposentador tão grande amisade que para
onde quer que el-rei partia, ora fosse villa ou qualquer aldeia, sempre
Affonso Madeira havia de ser aposentado junto, ou muito perto do
corregedor. E havia já tempo que durava este aposentamento, sempre cerca
um do outro; tendo bom geito e conversação com seu marido, por carecer
de toda suspeita.

Affonso Madeira tangia e cantava, afóra sua apostura e manhas boas já
recontadas, de guisa que por aso de tal achegamento, com longa affeição
e falas ameude, se gerou entre elles tal fructo, que veiu elle a
acabamento de seus prolongados desejos.

E porque semelhante feito não é da geração das cousas que se muito
encobram, houve el-rei de saber parte de toda sua fazenda, e não houve
d'ello menos sentido que se ella fora sua mulher ou filha. E como quer
que o el-rei muito amasse, mais que se deve aqui de dizer, posta de
parte toda bemquerença, mandou-o tomar dentro em sua camara, e
mandou-lhe cortar aquelles membros que os homens em mór preço tem: de
guisa que não ficou carne até aos ossos, que tudo não fosse corto. E
pensaram Affonso Madeira, e guareceu, e engrossou em pernas e corpo, e
viveu alguns annos engelhado do rosto e sem barbas, e morreu depois de
sua natural morte.

Darwin e religião

O presidente do Pontifício Conselho da Cultura afirmou que a teoria da evolução “não é incompatível” com os ensinamentos da Igreja Católica.

D. Gianfranco Ravasi fez esta declaração aquando da apresentação da conferência interdisciplinar que assinala os 150 anos da obra de Charles Darwin “A Origem das Espécies”. O encontro, que é uma iniciativa do Vaticano para promover o diálogo entre cientistas e teólogos, está agendado para os dias 3 a 7 de Março de 2009, em Roma, e terá por título "Evolução biológica: factos e teorias".

http://www.agencia.ecclesia.pt/ecclesiaout/snpcultura/vol_teoria_evolucao_catolicismo.html


Charles Darwin to receive apology from the Church of England for rejecting evolution

The Church of England is to apologise to Charles Darwin for its initial rejection of his theories, nearly 150 years after he published his most famous work.

http://www.telegraph.co.uk/news/newstopics/religion/2910447/Charles-Darwin-to-receive-apology-from-the-Church-of-England-for-rejecting-evolution.html


Ora o que parece é que a oposição de alguns cristãos à ciência, nomeadamente à evolução não é uma questão científica mas antes teológica. Pelo que parece teólogos influentes dizem que sim que é possível ser cristão e cientista ao mesmo tempo. A relatividade, a evolução ou a mecânica quântica não são incompatíveis com a fé.

O que parece ser incompatível com a ciência é a visão duma minoria que, salvo melhor opinião, sem perceber nada de teologia não entende que pode continuar com a sua fé mesmo com universo com milhões de anos e com espécies a evoluírem.

No fundo a tese criacionista é a mais perigosa para a religião. O pressuposto básico é que a terra só pode ter 6.000 anos e que as coisas foram tal qual a bíblia as descreve. Doutra maneira a bíblia estaria errada e a sua fé nada valeria. O corolário lógico é que a bíblia está errada e que a fé deles nada vale porque as evidências vão no sentido contrário à interpretação textual do texto bíblico.

Sem que eu perceba népias de teologia sei é que esta questão já se colocou há muito tempo atrás. Foi a celebre questão de ser a terra ou o sol o centro.

Compreendo perfeitamente as reservas da igreja na época. O texto bíblico falava expressamente da paragem do sol, o relato do génesis era levado a sério e a evidencia de não sentirmos a terra mover-se eram argumentos de peso. Ajunte-se a isto tudo a suspeita dum sistema heliocêntrico apontar logo para bruxaria, adoradores do sol e afins.

Não se pense que foi só a igreja católica que errou. Ítalo Calvino, Martinho Lutero e quase todos, senão todos, os teólogos interpretaram como errada uma explicação que colocasse o sol no centro do sistema e a terra à volta dele.

Ora actualmente qualquer estudante de teologia, daqueles malandros e que faltam às aulas, poderá explicar que não há qualquer inconveniente do sol ser o centro.

Os adventistas e alguns evangélicos caíram no mesmo logro séculos depois.

Claro que agra tem muito menos desculpa.

E se fossem aprender teologia ?

Era capaz de ser uma grande ideia….

Recantos do Porto

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Recantos do Porto

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quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Recantos do Porto.

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Barcos de pesca no rio Douro.

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Roupa a secar.

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Telhados no Porto

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Frutaria no Porto

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A ponte vista da ponte pelo Sousa da ponte.

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Paquete em Leixões




Os paquetes que entram de manhã na barra
Trazem aos meus olhos consigo
O mistério alegre e triste de quem chega e parte.
Trazem memórias de cais afastados e doutros momentos
Doutro modo da mesma humanidade noutros pontos.
Todo o atracar, todo o largar de navio,
É - sinto-o em mim como o meu sangue -
Inconscientemente simbólico, terrivelmente
Ameaçador de significações metafísicas
Que perturbam em mim quem eu fui...


Ode marítima

Álvaro de Campos

(excerto)
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sábado, 13 de setembro de 2008

Hoje deu-me para o Bocage

Vem cá, minha Maria, tão roliça,
Co'as bochechas da cor do meu caralho,
Que eu quero ver se os beiços embaralho
Co'esses teus, onde amor a ardência atiça:

Que abrimentos de boca! Tens preguiça?
Hospeda me entre as pernas este malho,
Que eu te ponho já tesa como um alho;
Ora chega te a mim, leva esta piça...

Ora mexe... que tal sabe, amiga?
Então foges c'o sesso? É forte história!
Ele é bom de levar, não, não é viga.

«Eu grito!» (diz a moça menencória)
Pois grita, que espetada nesta espiga
Com porrais salvas cantarei vitória.

sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Do murinhanha......

Há muitas mais igualmente divertidas em :

http://ateus.net/humor/








Nova Teoria: “Foi Deus”


Washington, Capital – Em uma entrevista coletiva na sede da Academia Nacional de Ciências, eminentes cientistas do mundo todo fizeram uma afirmação surpreendente: “foi Deus”.

A declaração histórica foi feita pelo destacado biólogo Stephen J. Gould, autor de diversos livros sobre evolução. “Por várias gerações, nós cientistas dedicamos nossas vidas a encontrar respostas aos enigmas do universo”, disse Gould. “Agora nós finalmente compreendemos!”

A afirmação aconteceu depois de um mês de moratória na ciência que resultou de uma carta que líderes religiosos de todo o mundo mandaram a todos os cientistas conhecidos pedindo-lhes que considerassem seriamente a “hipótese divina”.

“Quando vi, joguei a carta no lixo”, disse Richard Dawkins , renomado evolucionista e autor de O Relojoeiro Cego, que estava ao lado de Gould na coletiva. “Mas depois, embora já tivesse ouvido aquelas alegações, desta vez achei que deveria levar a sério”.

A carta, assinada pelos mais diferentes líderes religiosos, como o papa João Paulo II e John Travolta, ultimava os cientistas a “parar essa atroz deidicotomia e pesar as conseqüências de seus atos”.

Depois de duas semanas, um grupo secreto de cientistas de todas as áreas reuniu-se na ANS para discutir “a hipótese divina”.

“A princípio não sabíamos por onde começar”, disse o cosmólogo Timothy Ferris. “Afinal, era radicalmente diferente de tudo que já havíamos pensado”.

“Houve muitas discussões e até alguns socos”, disse a psicóloga Susan Blackmore. “Mas o debate só começou a sério mesmo quando alguém apontou os buracos no nosso conhecimento”.

O biólogo Edward O. Wilson, ganhador de dois prêmios Pullitzer, tinha um olho roxo e explicou o que viria a seguir: “Todos já sabiam que não conhecíamos todas as respostas, então começamos a fazer a pergunta mais difícil: se não sabemos, como explicamos? No fim, ‘foi Deus’ se tornou a frase ressonante”.

De acordo com alguns relatos, o mundialmente famoso cosmólogo Stephen Hawking, preso a uma cadeira de rodas, era a única voz ecoando quando o encontro chegava ao fim no domingo. No entanto, depois de muitos telefonemas de repórteres sobre sua posição, Dawkins o conduziu para fora, com o braço esquerdo estendido, dizendo “Louvemos a Ele, louvemos a Ele, louvemos a Ele!” através de seu sintetizador de voz.

E agora que a ciência acabou, o que acontece? “A Teoria de Deus finalmente conseguiu o que os cientistas sempre buscaram: fechamento”, disse Gould. “Agora podemos prosseguir nossas vidas confiantes que todos os mistérios do universo foram resolvidos. Meus planos são cuidar do meu jardim e abrir uma loja de alimentos naturais”.

Mas nem todos os cientistas estão desistindo. “A Teoria de Deus pode ter resolvido muitos problemas, mas o próximo passo é encontrar uma Lei de Deus”, disse Ferris.

“Não há nada para se encontrar”, afirmou Wilson. “A Lei de Deus pode ser resumida em dez equações simples e todas elas estão em Êxodo 20”.

Embora os cientistas de todo mundo estejam satisfeitos, ainda não está claro como o resto do mundo vai reagir.

“Mas que não-diabos eles pensam que são, esses supostos cientistas?!?”, dizia uma carta enviada à ANS pouco antes da coletiva. Assinada pelo “Exército dos Ímpios”, um conhecido grupo de militantes ateus, a carta ameaçava “esmagar as não-almas desses cientistas por todo mundo não-criado”.

Outros, no entanto, estão bastante satisfeitos com a mudança de espírito dos cientistas. “Finalmente, depois de todo o tempo e energia que gastamos tentando derrubar o materialismo naturalista, os cientistas nos ouviram”, disse o professor de direito em Berkeley Phillip Johnson, autor de Derrotando o Darwinismo Ao Abrir Mentes.

“Estamos muito entusiasmados com as possibilidades”, disse Michael Shermer, que publica a Skeptic Magazine . “Se os cientistas podem usar a Hipótese Divina para tecer explicações, então nós também podemos: OVNIs, combustão humana espontânea, o pé-grande, abduções alienígenas... finalmente todas essas coisas que nós céticos desafiamos por anos têm agora uma explicação prática e coerente: foi Deus”.

“O relojoeiro estava cego, mas agora Ele enxerga!”, acrescentou Dawkins.

Mais nuvens, sol e IP4

 
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