Blog dum gajo do Porto acerca de gaijas, actualidade política e sem futebol. Aqui o marmelo não gosta de futebol

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Disparates sortidos. Quarto capitulo.

Quarto parte da história. A primeira está aqui, a segunda aqui e a terceira aqui



Ainda deu o nosso Antonio uma voltas pelas ruas adjacentes à praça, foi até ao Marques do Pombal e pelas outras ruas conhecidas por terem prostituição de rua. O espectáculo era sempre o mesmo. Prostitutas de todas as idades e feitios, algumas grávidas, miúdos e miúdas, os inevitáveis chulos, clientes e mirones. Os mirones eram regra geral indivíduos de meia-idade que passavam horas infindas, sozinhos, normalmente em esquinas a observar. Não o acto em si que é feito dentro de carros ou em pensões mas o vai vem de pessoas. A qualidade das putas era diversa de acordo com o sitio da cidade. Se bem que não se possa dizer que isto era regra sempre seguida a verdade é que nestas coisas havia claramente hierarquias e lugares de primeira, segunda e terceira. As putas mais reles e badalhocas estavam normalmente na rua da Madeira e adjacentes, pela rua escura e por aí perto. Eram as mais velhas, já muito gastas por anos e anos de putedo, as que tinham algum defeito físico, as grávidas e as recém-chegadas da província, ainda inexperientes nestas guerras e que iam para onde as admitiam. As de Santos Pousada eram de má qualidade mas lá se iam arranjado melhor. O creme de la creme, se se pode chamar assim a putas de rua, estavam pela zona do lima 5.

As pessoas de bem não costumavam frequentar este tipo de prostituição, como já foi dito antes, preferindo o recato de cabaret ou da casa de putas propriamente dita. Nesses tempos o putedo era bastante democrático e acessível a quase todas as bolsas. Mesmo o mais humilde operário podia, fazendo algum esforço esvaziar os colhões com alguma regularidade. Lembremo-nos que os tempos de então não eram os actuais em que a imoralidade reina e o acto sexual, e até o homossexual, são vistos com grande naturalidade. A sexualidade era restrita ao casamento devidamente certificado mas com boas e sãs regras. Havia um conjunto de práticas que não se podiam concretizar numa senhora de bem, especialmente na mãe dos nossos filhos. É sabido que actos como o broche, sexo em grupo, foda nas mamas e muitas outras são apenas praticados por mulheres perdidas repugnando a simples ideia a uma senhora decente que se limita a satisfazer o marido, e dar-lhe filhos, cumprindo o débito conjugal. Para as poucas-vergonhas há as outras. Se bem que os anticoncepcionais já eram de acesso relativamente fácil ainda precisavam de receita médica para serem comprados. E claro que isto diminua o número de pessoas que os conseguia adquirir. Mesmo uma senhora casada não andava a contar aos quatro ventos que os tomava. Não parecia nada bem a uma senhora tomar essas pastilhas que eram a causa de tanta imoralidade. Fora da prostituição ou do casamento o sexo era severamente reprimido. Havia as senhoras por conta que eram uma instituição. Tratavam-se de mulheres que tinham uma relação continuada no tempo com um homem, geralmente casado, ao qual abriam as pernas e por vezes até davam filhos, sem o ónus do casamento. O homem em troca pagava-lhes a contas e fornecia casa. Com estas já se podiam permitir algumas maiores liberalidades até porque não eram verdadeiras senhoras. Se não era desejável que um marido pedisse à sua legitima esposa que lhe fizesse um broche já o mesmo broche era aceitável quando feito por uma amante. Os deveres de fidelidade da amante eram iguais aos da esposa legítima. Estavam na escala social muito acima das prostitutas mas, como é óbvio, muito abaixo das respeitáveis senhoras casadas. O adultério, quando praticado por mulher, era muito recriminado e punido severamente. Os homens incapazes geneticamente de ceder aos seus impulsos sexuais lá se iam aviando como podiam evitando o escândalo, os bastardos e as doenças venéreas. Doenças que se não eram tão graves como são agora a Sida ou hepatites estavam de tal modo espalhadas que em não havendo cuidado, como o nosso bom António aprendeu da maneira mais dura, eram quase uma inevitabilidade. O mais comum era a carga de chatos. Esta pediculose era muito propiciada pela falta de higiene e por não haver na altura o hábito de tratar os pelos lá de baixo. O corte dos pelos púbicos, salvo em caso de operação ou parto era desconhecido. As senhoras e meninas, de algumas posses, podiam dar um jeito à coisa na época da praia para não saírem pelos do fato de banho, mas fora disto, e dentro do estritamente necessário à época balnear não viam os pelos mais tesoura e muito menos lamina. É fácil de prever que foram épocas douradas para os chatos. Esquentamentos e outras doenças venéreas eram também muito comuns, especialmente nas putas baratas, pelo que a escolha judiciosa da rata onde se ia introduzir a pila era fundamental.

E a verdade é que mesmo antes da invasão de meninas do leste, brasileiras e africanas a oferta chegava perfeitamente para a procura, e o que é mais a todas as carteiras.

Mesmo os cabarets e casas de putas eram acessíveis a todas as classes sociais. Para alguém com mais dificuldades económicas pelo preço de dois ou três maços de cigarros podia na rua do Bonjardim ir à Madalena do broche. Por um preço equivalente tinha por de trás da capela das almas o conhecido broche em série. Estas duas casas, conhecidas em todo o norte do país, eram muitíssimo afreguesadas. O método era mais ou menos o mesmo pelo que se comprova que o mercado funciona e que produtos iguais tendem a ter preços iguais. A Madalena do broche era mulher de idade indefinida, entre os quarenta e alguns e os setenta, que se encontrava no cimo duma escadas num quarto. Os clientes, de todas as idades, esperavam nas escadas em fila ordeiríssima a sua vez. Quando a boca da senhora vagava o cliente saia pela porta e descia as escadas. Aí a Madalena, com uma voz muito rouca, gritava pelo próximo. O cliente entrava para um quarto pequeno, deitava-se na cama, e a Madalena lá começava a chupá-lo. Se o cliente tentasse apalpar as mamas ou outro avanço qualquer sentia logo os dentes na sua parte mais sensível. Parece que era remédio eficaz. Como forma de incitamento, no caso do cliente se demorar um bocado mais, usava frases como – foda-se nunca mais te vens! Ou – Acaba com a mão que já me doem os queixos. Parece que estas frases de elevado valor erótico eram mais que suficientes para o clientes se virem. Finda a ejaculação, que diga-se em bom rigor histórico, era sempre dentro da boca da senhora, ela despejava o conteúdo para um balde que estava ao lado da cama. O cliente era despachado e o processo repetia-se enquanto houvesse homens na escada. O broche em série utilizava o mesmo método sendo que a única cujo nome passou à história foi a famosíssima Madalena do broche tendo a voragem do tempo obliterados os nomes das senhoras do broche em série. Injustiças da história.

Outros locais baratos eram a rua da Madeira e a rua escura. Como já foi dito e é uma regra geral da vida, a qualidade paga-se. Aqui a qualidade era pouca. As raparigas novas eram feias, grávidas ou com defeito físico, as demais eram velhas. As mais velhas já não tinham qualidade para outros locais e então vinham para aqui onde, devido à escassez de meios, os clientes eram mais tolerantes e de melhor boquinha.

As mais novitas eram geralmente sopeiras que tinham ficado grávidas ou raparigas da província que tinham caído em desgraça na terra natal, normalmente por estarem ou terem estado grávidas, sem pai capaz de as levar ao altar. Outra classe de raparigas, mas que raramente aqui estavam, eram as trazidas da província por um noivo com automóvel e tudo que lhes prometia namoro e casamento mas que as punham a render. As mais feiinhas vinham aqui parar sendo levadas as de melhor qualidade para bares onde os ganhos eram mais significativos e os meios gastos na sua aquisição eram mais facilmente amortizáveis. Havia na rua escura um bar, entre muitos outros, onde debutavam estas mais feiinhas da província. Trazidas do interior do país por uns manos, muito dados a esta industria. O método era regra geral o mesmo. Aboletavam-se numa pensão, mostravam o carro, engatavam a rapariga, tiravam-lhe os três e traziam-nas para o Porto para viverem como marido e mulher. Menos de vinte e quatro horas depois de estarem no Porto eram encaminhadas, de acordo com os dotes físicos, para local apropriado onde podiam dar lucro aos manos.

Este bar da rua escura, cujo se pensa que nunca teve nome, tinha o chão em terra batida, duas mesas, seis cadeiras e no primeiro andar dois espaços separados por panos. Nestes espaços havia duas camas imundas. Quarto de banho era só uma sanita e um lavatório, com água fria evidentemente, onde se lavavam piças, conas, copos e até as mãos. As raparigas num número que variavam entre três e seis lá estavam para entreter os clientes de menos posses que pretendiam dar uma foda em carne mais fresca embora de menor qualidade. Muitas estavam grávidas ou por terem dado à luz há pouco tempo não estavam nas melhores condições. Com a ajuda de Deus, que tudo pode, lá iam cumprindo a sua função o melhor que podiam até porque quer os clientes quer o patrão tinham mão leve para repreender as mais esquisitas. - Vem estas parolas lá das aldeias e já furadas e vem para aqui armarem-se em finas. É foder que a comida não cai do céu!

Como de deve depreender o serviço era mínimo e muito controlado no tempo. O cliente pagava ao patrão, subia as escadas, a rapariga abria as pernas e ele tinha vinte minutos para se vir. Se não viesse azar dele, tivesse vindo, porque quando o patrão batia palmas queria dizer que o tempo acabara. Se o cliente não quisesse sair ou não pagasse mais era corrido ao soco pelo proprietário. Método utilizado com os mais renitentes a pagarem a conta. As bebidas eram constituídas por whisky genuíno e fabricado em Sacavém, aguardentes e outras bebidas brancas feitas à base de álcool metílico. Eram extraordinariamente robustos os físicos dos clientes que aguentavam a porrada, o álcool metílico e a gonorreia.

Bares como este eram bastante comuns o que permitia, como já foi dito, ao mais humilde dos cidadãos ter o seu momento de descontracção. Em Matosinhos também havia vários do género e espalhados pela cidade do Porto eram em grande número. O maior e o mais conhecido era o Candeia Bar, conhecido ternamente pelo lampião, onde na cave se cantavam fados e no rés do chão eram mais fodas. Fados e fodas uma combinação de sucesso.

Pessoas mais respeitáveis preferiam, como é óbvio, raparigas mais limpinhas, com melhores qualidades físicas e dadas a prazeres mais requintados. Tinham muito por onde escolher. Desde os bares de porta aberta, o cabaret propriamente dito, até às casas de putas propriamente ditas de porta fechada ao público. Era celebérrima a casa da Rosete, a Àguas Santas, local de peregrinação obrigatória quando o assunto era Vénus. Antiga trabalhadora na afamadíssima, e de boa memória, Micas da Boa, nome que lhe provinha da boa chicha que apresentava no seu bordel, instalar-se perto dos viveiros da Picua e apresentava uma das melhores relações qualidade preço de todo o norte do país. Quartos limpinhos, raparigas que se lavavam. Foi uma inovadora, no seu segmento de mercado, a apresentar números lésbicos a preços bastante convidativos. Muitas outras casas de putas eram celebradas na cidade desde o famigerado 656 da rua de Faria Guimarães, à D. Luísa da rua do Cunha, entre outras. Aqui os preços, e bem entendido a qualidade, variavam sendo possível tudo. Podemos dizer que o céu, e a carteira do cliente, eram o limite. Não se pense que a oferta era tão vasta e profícua como em verdadeiras capitais como Amesterdão, Paris ou Londres. Mesmo em Lisboa a diferença era notável e os costumes mais liberais.

O Thesis cheio de frio em Bragança.

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Alfândega de Bragança

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Fim de tarde muito frio em Bragança

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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Reclames antigos em Lisboa

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Os ultimos saltimbancos.

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O Sousa a tomar café.

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Estação de Campanhã. Porto

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Mijadouro, no minimo, diferente.

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Reclames antigos de Lisboa

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sexta-feira, 21 de novembro de 2008

mais disparates sortidos escritos pelo Sousa

A primeira parte da história está aqui e a segunda aqui


Terceira parte da história





Já confessamos, e pode constatar quem leu o capítulo anterior que o dito foi mesmo para encher. Falho de imaginação para relatar cenas de sexo explicito, recheadas de práticas muito contra-natura, optou o Sousa por meter muita palha no meio. Repare-se que isto não é o pecado original, não senhores, basta ouvir uma ópera de cabo a rabo para perceber que muito daquilo era para matar tempo. O que não implique forçosamente que a ópera não tenha momentos divinos o que não é, de todo em todo, o caso do presente relato.

Ora vimos nós que o homem estava decidido a ir ás putas e que, salvo doença súbita ou volta de Cristo à terra, nada o iria deter.

Fez-se à estrada, que neste caso é rua, porque mesmo nesses tempos de antanho a cidade do Porto já tinha ruas, e começou a pensar onde iria.

Se bem que não estivesse em Paris, em Hamburgo ou mesmo em Lisboa onde a oferta era claramente superior e mais diversificada havia na Invicta bastante por onde escolher.

Postas de parte as putas de rua, recurso a que os amigos muitas vezes a horas tardias, e diga-se em abono da verdade com alguma pressa de chegar a casa recorriam para aliviar a tomatada num broche rápido, muitas vezes dentro do carro. Eram relatos poucos explícitos estes, havendo no ar uma certa vergonha da sordidez do acto. Acresce ao facto das putas de rua serem muitas vezes putos e, mesmo o simples e trivial acto de ter um puto de oito ou dez a chuchar na pila podia, e com alguma razão, pôr em causa a estrita heterossexualidade do chupado, que não do chupador, porque destes, dados os hábitos, o extracto económico de onde saiam, nada era de molde a escandalizar a moral das pessoas de bem. Esta gente é mesmo assim e desde a mais tenra idade tende, com a mesma naturalidade da cebola que tende a grelar mesmo na nossa cozinha, aos actos imorais, ilícitos e a maior parte das vezes ilegais. Gente de outro nascimento, sem fé nem lei, cujas aptidões naturais vão para a prostituição, igualmente nos dois sexos, para o furto , roubo e para as paixões anormais.

Estes miúdos e miúdas de rua, que no meio de prostitutas mais experientes, iniciavam a sua carreira venérea já tinham em si, talvez fruto do mau sangue, o vicio e a vontade destas práticas.

Se bem que ao nosso António uma menina fresquinha lhe fosse apetecível a horrível, mais que previsível e inevitável , promiscuidade com rapazinhos viciosos e prostitutas mais velhas impediam ab ovo qualquer possibilidade de ir comemorar com uma putita de doze ou treze anos a sua festa de anos assim apanhada na rua. Até porque embora a policia fosse vigilante parece que algumas delas tinha o péssimo habito de roubar coisas aos clientes.

No entanto, e assim como que sendo um apetizer, até porque não tinha ainda ideia formada e porque ainda era cedo, decidiu dar uma volta pela cidade e ver a oferta da rua.


Como estava na praça de Velazquez, ainda não renomeada Sá Carneiro decidiu descer a rua de Santos Pousada. Nada mais do que esperava. Putas bastantes vistosas nas esquinas, muitos carros parados a justar preços. Nada de especial. Já sabia que era costume usarem saias curtas e garridas, cabelos compridos pintados dum louro de má qualidade, mas que botava alguma vista na noite e geralmente usavam botas. Tudo isto ao longe porque ao perto eram mulheres já duns trinta, muitas vezes a virar para os quarenta e tais, muito rodadas nestas coisas. Havia, segundo os eruditos amigos, grandes brochistas entre elas, prática que, mesmo entre as putas da época não era tão vulgar como se pensa. Se nestes tempos de perdição, como muito bem apontam a hierarquia católica, as testemunhas de jeová, os evangélicos e todos os outros defensores da moral e dos bons costumes, qualquer senhora casada pratica sexo oral com o marido e, na maior parte das vezes, bem ou mal é correspondida. Nesses tempos tais práticas eram exclusivo de mulheres de vida fácil e mesmo assim não de todas. A expressão tudo ao natural significava o coito na posição do missionário, sem o incómodo do preservativo, com exclusão clara de qualquer prática contra-natura. Práticas contra-natura que como toda a gente sabe são práticas sexuais que contrariam os ditames da natureza. Se se misturar algum Rosseau e o seu bom selvagem, bastante Freud lido nos Readers Digest e as partes más do santo Agostinho conseguimos um boa definição de contra-natura. Está-se mesmo a ver que o contrário de contra natura é o tudo ao natural, pelo que se comprova que vox populi vox dei, mesmo que esta, salvo seja, saia da boca conspurcada duma prostituta de rua pouco dada a fazer broche. Não havia consenso entre os autores se o sexo anal era ou não contra natura. Quando praticado na intimidade do lar a fim de evitar uma gravidez indesejada, com uma menina virgem que queria guardar o himen para a noite de núpcias – desde que com o noivo e apenas em véspera de casamento-ou mesmo com uma puta – que até é paga para isso – não nos parece que fosse assim contra natura. Era um sucedâneo do acto em si e não uma violação grosseira da vontade e lei da natureza. Quando praticado entre homens, especialmente adultos, era infamante para o enrabado e relativamente desculpável para o enrabador. Todos sabemos que são tamanhas as forças do tesão que até se enraba o morto no caixão. O que levava no traseiro era claramente um paneleiro e salvo se ocupasse um lugar proeminente na hierarquia do estado ou da igreja não deveria ter alguma desculpa ou aceitação nos meios sociais sãos. No que toca aos putos temos de distinguir duas situações completamente diferentes. Aqui há os meninos e os rapazes. Os meninos, nascidos de familias devidamente constituidas, educação e algo de seu tem, desde o berço, uma clara repulsa por levar no cu. O mesmo se pode dizer de outras práticas contra- natura. Se algum adulto o faz ou tenta está a corromper um jovem e é, merecidamente dizemos nós, castigado. Já o mesmo não se pode dizer dos rapazes, pobres de nascimento, mas o que é pior de valores e até de religião, cujo sangue abastardado pelo mau vinho e péssimos hábitos das mães, e a falta de valores dos pais, cujos a maior parte das vezes nem se sabe quem é, os leva, desde a mais tenra idade a mostrarem uma natural tendência para todos vicio. Ora todos sabemos que o pior dos vicios é o sexual e nestes casos pouco ou nada há a fazer. Está-lhes na massa do sangue a vontade imperiosa de chupar na piça e levar no cu de homens mais velhos. O mesmo acontece com as irmãzinhas cuja sensualidade precocemente despertada as leva igualmente desde a mais tenra idade a desejarem receber rebuçados do senhor doutor, uma nota de quinhentos escudos para levar à mamã do senhor engenheiro o que as leva invariavelmente no caminho do vicio e do dinheiro fácil. O minete era outro dos interditos entre pessoas de bem. Podia fazer-se como segredo bem guardado de alcova mas estes feitos não se contavam. Eram designados por trombeiros os que o faziam e ocupavam um lugar entre os paneleiros e os impotentes. Mesmo no recato do lar, com as cortinas bem cerradas e com a legitima esposa se tal se fazia não se contava.

Nas ruas do Porto de então havia uma panóplia de exemplos destes desvios e vicios. Só não via quem não queria, para grande horror das familias, o triste espectáculo que davam tais personagens tentando corromper pessoas sérias como o nosso António para práticas libidinosas. Sim, porque diga-se em bom abono da verdade, que o que movia estas pessoas não era o dinheiro em si, porque só não tinha trabalho quem não queria, mas antes uma corrupção moral certamente congénita, que as levava os maiores desvairos.

No fim da rua de Santos Pousada viu uma personagem curiosa de quem muito ouvira falar. Era a que não tinha céu da boca. Mulher de idade indefinida, teria sessenta na altura? Tinha como característica distintiva o não ter céu da boca. Assim era muito fanhosa e oferecia, segundo ela,blo´e in´gulo ´udo inte aus, que no seu linguarejar queria dizer que fazia broche e engolia tudo por vinte escudos. Desviou o olhar com horror. Era uma velha vestido com pouco mais de trapos. Passou-lhe pela cabeça a ideia que se calhar não era só pelo gozo que ela andava na rua.

Virou em direção à Câmara do Porto. Aí a oferta era diferente. Miúdos e miúdas, regra geral magros, ofereciam os serviços nas pensões mais rascas e até em hotéis mais respeitáveis. Era tudo, sabia ele de fonte limpa, uma questão do tamanho da carteira do cliente. Começava o serviço num broche no carro, acessível a todas as bolsas, passava pela pensão rasca com lavatório e bidet no meio do quarto, sem sanita, vá-se lá saber porque e acabava no hotel cujo empregado, untado por uma nota de cem paus, deixava o feliz cliente entrar com as ninfas ou até com os efebos. Eram crianças sujas, de muito baixo extracto social, habituadas desde sempre a estas práticas e muito dadas e dados a furtos aos clientes como já foi dito antes. Felizmente nesses tempo podia-se contar com a policia para reaver algum bem perdido, sendo muito conhecida a esquadra de Cedofeita, que operava milagres na recuperação de bens perdidos. Meninos e meninas preferiam devolver o bem furtado, ou até furtar outro para indemnizar a perda, que entrar na esquadra. É que isto da porrada, independentemente dos valores morais, é sempre porrada e dói que se farta.

Diga-se em abono da verdade que uma miúda ai duns dez anos quase que o convenceu. Era magrita como todos e ele até parou o carro. Ela falou muito e prometeu ainda mais mas não o convenceu. Tinha bastante cheiro a sujo e não lhe agradou de todo. Não foi determinante mas a chegada do carro da policia levou-o a procurar novas paragens. O carro parou ao lado dele e o policia perguntou-lhe se havia problema. Respondeu que não e o policia aconselhou-o a ir para outro sitio porque aqui só havia ladras e paneleiros. Cuidado com a carteira , acrescentou e partiram a rir-se.

Razão tem os policias, pensou o António, que eles é que conhecem estas merdas e ainda acabo a noite sem carteira e sem relógio.

Lembrou-se duma história curiosa: havia na alfândega uma funcionária, que pese ser de boas familias era mãe solteira. Uma nódoa indelével numa familia de bem cuja filha arranja uma filha de contrabando. Nada como tempo para lavar as nódoas e, passado o periodo de nojo lá acedeu a familia que fosse admitida na administração do estado, com promessas de comportamento exemplar – exemplarissimo-como disse um tio padre, muito dado a arroubos de erudição e , isto diziam as más línguas, a enrabar meticulosamente miúdos duma obra de caridade que um bom amigo dele mantinha na mesma Invicta- Pensamos que tudo isto são más línguas até porque nem a organização tinha nada a ver com caridade.

Lá foi crescendo a filha do pecado até ter idade suficiente, os tais trinta e cinco quilos, para excitar os desejos libidinosos dum rapaz, mais velho, e dado ao vicio da heroína.

Vê-la, amá-la e pô-la a render, sob os olhares de todas as familias do Porto que na altura tinham de frequentar a baixa para ir ao cinema, foi um ai.

Como se vê um mal nunca vem só e o sangue abastardado da mãe passara para miúda, que na altura já era uma marmanjona quase com treze anos, que insistia em enlamear o bom nome da familia, dedicando-se publica e notoriamente à mais antiga profissão do mundo, perante o olhar enojado das mães de familia que passavam, para sustentar o seu vicio e o do meliante. Como se vê nestas coisas de reprodução não é o de baixo que sobe mas o de cima que se avilta no coito.

O caso é que a miúda fazia o trottoir junto ao palácio dos correios, ao lado da camara, e já fora vista, com bastante horror, por várias familias. Dizia-se, mas isto não é certo, que a policia qualquer dia lhe deitava a mão.

Quem lhe deita a mão, que eu tenho medo, que isto de putas não é comigo, que não é nada comigo e outras desculpas esfarrapadas andaram a girar até que o Melo, rapaz jovem e dado arroubos românticos vê a rapariga nos correios uma noite. Pára o carro, mostra uma nota de quinhentos paus, tapa a cara com a outra mão e lá convence a miúda a entrar no carro. Ela reconhece-o e foge, felizmente rua acima. Corre o Melo atrás dela apanha-a e chega a policia. Explicada a situação que a quer levar à familia, não à mãe, mas um tio, teso e de bons costumes, que a vai fazer entrar na linha. Riem-se os policias e afiançam que ela vai fugir. Ao principio pensaram que ela o estava a roubar e preparavam-se para lhe dar umas porradas. Depois condoeram-se. Uma miúda tão nova, que sim, que em casa do tio estava melhor. Eles não podem dar uma ajuda que estão no fim do turno mas que o melhor é amarrá-la com um cinto e levá-la assim Assim fez o Melo e lá levou a rapariga.

O desgosto do tio. Pessoa de bem com um bigode farto, muito amigo da familia e dos bons costumes. Personagem exemplar e um pândego. Não podia haver sopeira novita que não saísse lá de casa grávida dele. O que a mulher se abespinhava. Chamava-lhe porco e despedia a sopeira. Boa senhora era ela. Sempre o perdoava. As raparigas lá seguiam o fado da rua das Virtudes e da rua da Madeira.

Agora o desgosto que deve ter tido com a sobrinha, que mesmo de contrabando sempre é sobrinha e sangue deve ser difícil de avaliar. Uma coisa assim é de arrasar uma pessoa.

Com este fait divers acaba o Sousa esta parte do relato, ainda sem sexo explicito. Juro que não foi para encher. Falou-se de putas, de santo Agostinho, de Rosseuau e até de sexo com menores. Não foi mau de todo.

Internet e pornografia

É absolutamente extraordinário a quantidade de pessoas que procuram, compulsivamente, pornografia na internet. Como se nos tempos actuais a pornografia fosse um bem tão escasso que qualquer meio justificasse uma busca compulsiva.

Basta que num post, devidamente indexado pelo google, se metam palavras chave como porno, pornografia, casais swinger, pedofilia, fotos da fulana, ou fulano de tal, nús e a foder, amadoras e quejandos vem tudo a correr como se fotografias ou filmes de pornografia fossem bens tão escassos que todas as possibilidades fossem boas para os conseguir.

Caramba! Eu até entendo que em paises em que a pornografia seja proibida o pessoal venha à net a correr muito na esperança de ter o que de outro modo lhe é impossivel.

Vai o Sousa, na sua não infinita mas quase, bondade explicar como se faz para ver sexo ao vivo.

Heheheheh!

Isto parece bom.


Primeira abordagem :

Fazer uma busca no google por :

Sex, amateur, sex virgin, pthc, pedofilia, teen sex, swing couples, hiden cam, russian teens waiting for your cock, putas, putas tugas, swing tuga, etc

Mesmo com erros de ortografia vai encontrar imenso sitios que tem filmes e videos, pagando com cartão de crédito, para fazer o download. Outros, melhor aínda só lhe dizem para dar o seu consentimento numa janela mais pequena. Claro que fazer isto ou comprar medicamentos na net não me parece uma boa ideia. Pode ser que se divirta.


Segunda abordagem:

Pensar primeiro : o que raios é que eu quero?

Se é pornografia, vinte e quatro horas por dia e 365 dias por anos...ora bolas...fale com o seu operador de cabo. Há vários canais e até os pode esconder dos putos e da sogra.
Agora também não se agarre à piroca vinte e quatro horas por dia a fazer punhetas porque é mau exemplo para os miúdos e pode levar a uma menor perfomance com a sua mulher.

Se anda à procura de filmes mais antigos ou de gajas a comerem cães, no sentido biblico que não de cachorros quentes, vá a uma sex shop. Há lá de tudo.

Se quer ver sexo com crianças procure um médico ou a Policia Judiciária. De forma diferente podem ajudá-lo a si e às crianças.

Com isto evita horas e horas na net, até come a sua mulher, que segundo dizem até é bem boa, eu que o diga, e não paga tanto tráfego.

A propósito : sabe onde esteve a sua mulher enquanto procurava as fotos da Carolina Salgado nua ?

Eu sou um cavalheiro e não vou dizer.

Mas que é muito boa é !

Como diria o ex presidente e ex primeiro ministro Mário Soares:

- Temos que viver com a aquilo que temos.

Vá lá comer o que tem em casa e procure na aba lateral do Sousa da Ponte onde toque umas pivias.

Tenho uma secção para isso e aceito sugestões.

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

Pensamentos de gaijas. Recebidos por email.



Prudentemente, e por causa destes post, o Sousa foi a correr comprar este precioso instrumento ao qual vai dar, de certeza, muito uso
























Se fores chata as tuas amigas, perdoam; Se fores agressiva as tuas amigas, perdoam; Se fores egoísta as tuas amigas, perdoam; Agora experimenta ser magra e linda... Tas lixada!

Não procures o príncipe encantado. Procura, antes, o lobo mau: ouve-te melhor, vê-te melhor e ainda te come.

O sexo é como uma estação de serviço: às vezes recebe-se um serviço completo; outras vezes tem que se pedir para se ser atendido... ...e há vezes em que temos que nos contentar com o self-service!

As calorias são pequenas criaturas que moram nos roupeiros e que durante a noite encolhem a roupa das pessoas.

O trabalho fascina-me tanto que ás vezes, fico parada a olhar para ele.

Casamento é um relacionamento a dois, no qual uma das pessoas está sempre certa e a outra é o marido.

Toda a gente se queixa de assédio sexual no local de trabalho.
Ou isto começa a ser verdade ou então despeço-me...

O cérebro é um órgão maravilhoso. Começa a trabalhar logo que acordamos e só pára quando chegamos ao serviço.

As hierarquias são como as prateleiras, quanto mais altas mais inúteis.

Chocolate não engorda, quem engorda é você!!!!!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

Dispatares sortidos de profetas evangélicos

Pensamentos Evangélicos sortidos

Francamente nunca percebi se este cromo é profeta dos adventistas ou dos evangélicos o que não parece fazer grande diferença. Gabava-se de ter visões de deus e de fazer professias. Parece que há quem a leve a sério.


As senhoras médicas devem recusar-se terminantemente a olhar para as partes secretas de homens. Devem as senhoras ser cabalmente instruídas para trabalharem pelas senhoras, e os homens para trabalharem pelos homens. Saibam os homens que devem dirigir-se a pessoas de seu próprio sexo e não procurar médicas. Isso é um insulto às mulheres, e Deus olha para estas coisas triviais com aversão.
Ao mesmo tempo em que os médicos são solicitados a ensinar sobre pureza social, exerçam eles aquele recato que é uma lição constante da pureza prática. As senhoras podem realizar um trabalho nobre como médicas práticas; quando, porém, homens pedirem a uma médica que os examine, e faça tratamentos que demandem a exposição de partes íntimas, recusem elas decididamente fazer esse trabalho.




Os que estão familiarizados com os clássicos, declaram que "as tragédias gregas se acham repletas de incesto, homicídio, e sacrifícios humanos a deuses concupiscentes e vingativos". Incomparavelmente melhor seria para o mundo se a instrução obtida de tais fontes fosse dispensada. "Andará alguém sobre as brasas, sem que se queimem os seus pés?" Prov. 6:28.

Mais pérolas da mesma pândega.


O Abuso dos Privilégios Sexuais no Casamento

As paixões sensuais, favorecidas e acariciadas, tornam-se muito fortes nessa idade, e indizíveis males da vida matrimonial são resultado certo. Em vez de a mente desenvolver-se e ter poder controlador, dominam as tendências animalescas sobre as faculdades mais altas e nobres, até serem subordinadas às tendências animalescas. Qual o resultado? Os delicados órgãos da mulher desgastam-se e tornam-se doentios; os partos são trabalhosos; abusam-se dos privilégios sexuais.


Cuidado com a leitura...

Os que condescendem com o hábito de "devorar" uma história incitante estão simplesmente invalidando sua força mental e inabilitando o espírito para o pensamento e pesquisas mais profundas. Alguns jovens e mesmo pessoas de idade madura têm sofrido de paralisia, proveniente de nenhuma outra causa que não o excesso na leitura. A força nervosa do cérebro foi conservada em constante excitação, até que esse maquinismo delicado se tornou exausto, recusando-se a agir. Algumas partes de seu delicado mecanismo deram tudo de si, e como resultado houve a paralisia.
Há homens e mulheres, no declínio da vida, que nunca se restabeleceram dos efeitos da intemperança no ler. O hábito adquirido em seus primeiros anos cresceu com sua idade e fortaleceu-se com sua força. Seus decididos esforços para vencer o pecado de abusar do intelecto foram em parte bem-sucedidos; mas nunca recuperaram o completo vigor do espírito, o qual Deus lhes conferira.

Cuidado com o teatro:

Entre as casas de diversões, a mais perigosa é o teatro. Em lugar de ser uma escola de moralidade e virtude, como costuma ser chamada, é ele justamente o viveiro da imoralidade. Os hábitos viciosos e as tendências pecaminosas são fortalecidos e confirmados por esses entretenimentos. As cantigas baixas, os gestos, expressões e atitudes indecentes corrompem a imaginação a aviltam a moral. Todo jovem que assiste habitualmente a tais exibições será corrompido em princípio. Não existe em nosso país influência mais poderosa para corromper a imaginação, destruir as impressões religiosas e enfraquecer o gosto pelos prazeres tranqüilos e as sóbrias realidades da vida, do que as diversões teatrais. O gosto por estas cenas aumenta com cada transigência, assim como o desejo para com as bebidas intoxicantes se fortalece com seu uso. O único caminho seguro é evitar o teatro, o circo, e todos os outros lugares de diversões duvidosos.


Ellen G. White

Esta era realmente uma pândega. Como Deus deve ter bom feitio deve ter-lhe perdoado.

Agora que lhe deve ter dado um puxão de orelhas monumental deve ter dado.

Pérolas da literatura médica antiga sobre a punheta.



AMAUROSIS, FROM ONANISM IN A FEMALE.


A prostitute was admitted into the ophthalmic wards of the Hôtel Dieu, with great weakness of sight, amounting almost to amaurosis. She confessed that she was in the habit of polluting herself, and that she was immediately seized with complete blindness, whenever she addicted herself to the practice. It is stated that unfortunately such cases as the preceding are not very unfrequent among the young people of the seminaries and colleges in France ! !

Não há dúvida que a culpa foi da punheta. Era mulher e prostituta. Que combinação mais explosiva para, juntando um prazer solitário, a fazer cegar. O pior parece-nos o prazer, não é ?

O livro está digitalizado no google books para quem quiser ver o original.


Na passada quarta-feira, José Sócrates distribuiu mais de 250 Magalhães em Ponte de Lima. Todavia, no final do dia os alunos tiveram que os devolver porque era apenas uma "experiência" e falta cumprir as formalidades.


A noticia inteira está aqui


Ora bolas!


O Sócrates queria era dar uma lição aos miúdos de surrealismo. A imagem que se anexa deveria ter sido distribuida aos alunos a fim de perceberem a situação. Certamente algum elemento da oposição ou do sindicato dos professores infiltrou-se e evitou a distribuição da mesma.


É por estas e por outras que não se pode governar o país.
Disseram-me, mas não posso garantir que seja verdade, que foi o Carlos Fiolhais do De Rerum Natura, que escondeu o folheto explicativo da situação. Mais um acto vil da oposição. Deus os castigue.
Sem vir nada a propósito mas porque me dá gozo junta o Sousa um provérbio. Não sei se vox populi vox Dei ou se vozes de burro não chegam ao céu. Costuma-se dizer que :
Quem dá e tira ao inferno gira.
Penso ser superstição por nem o inferno existir e , a existir, não é liquido que se fosse para lá a girar.
Pelo que serão vozes de burro, as quais não chegam ao céu.

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Lisconte, porto de Lisboa, bom senso e o politicamente correcto.

Ninguém, nem mesmo o dr. Sousa Tavares, tem dúvidas que o único operador credivel para o terminal de contentores de Lisboa é, a nível nacional, a Mota Engil. Se o concurso público fosse feito tenho a certeza, como toda a gente, que não haveria nenhum nacional com capacidade de concorrer e ganhar aquilo. Por outro lado, e disto também ninguém tem dúvidas, o Porto de Lisboa tem de crescer ou perde competitividade para outros, nomeadamente espanhóis ou do norte da europa.

Perante isto tinhamos duas hipóteses: um concurso público a nível mundial e aí tenho dúvidas se o mesmo não ia ser ganho por uma empresa chinesa ou de outro sitio qualquer, ou o golpe que foi feito de dar a abébia à Mota Engil, que até é nacional.

Agora a questão que se põe é se o governo português deveria ou não favorecer a Mota Engil em detrimento dos operadores internacionais.

De facto quem poderia fazer um barulho enorme era um operador estrangeiro com condições para bater a Mota Engil e que nem pode concorrer ao concurso, pelo facto do concurso nem ter existido.

Claro que a dúvida que se coloca é se é melhor ser uma empresa de capitais portugueses ser a concessionária do terminal de contentores, sem concurso público, e com os riscos que isso acarreta, ou termos feito um concurso, comme il faut, e esperar que o melhor, nacional ou estrangeira, faça a melhor proposta.

É certo que todos os governos dão abébias ás empresas do seu pais. De uma maneira ou de outra. Será que isto representa o melhor interesse público?

Francamente não tenho opinião formada. Pode ser que sim, pode ser que não.

O facto é que países muito desenvolvidos, como a Alemanha, cozinham sempre a coisa para que os operadores dos portos importantes sejam de capital alemão. A França e os E.U.A. fazem exactamente o mesmo.

Isto leva-nos aos limites da legalidade e até da democracia. Há limites para estes principios. Se um valor fundamental está em causa a legalidade e a democracia devem ceder a fim de repôr o que deve de ser, que como todos sabemos, tem muita força.

Ceder um porto estratégico ou uma empresa de interesse estratégico a interesses que podem, em última análise, conflituar com algo de indefinivel que é o subido interesse nacional, costumam ser torneados de forma a dar um ar sério à coisa, acima de qualquer suspeita, mas que mesmo à primeira vista não cabem na cabeça de ninguém.

Se, de facto, é melhor para o país, que seja uma empresa nacional a controlar o porto de Lisboa a decisão foi acertada. Se numa economia global seria melhor que o melhor operador, independentemente da nacionalidade do capital, fosse o escolhido a solução foi errada.

Que foi abébia foi. Agora se foi acertada o futuro o dirá.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Comboio na curva.

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Árvores e luzes de Lisboa

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Luzes e reflexos de Lisboa

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Comboio

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Pormenor da linha férrea no Alto do Pina.

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Linha férrea no Alto do Pina, outra.

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Linha férrea no Alto do Pina

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Reformados a jogarem cartas no jardim

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domingo, 16 de novembro de 2008

Mais uma foto antiga da feira erótica de Lisboa.

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Uma fotografia inédita do Sousa nas traseiras da feira erótica de Lisboa. Que está com um ar feliz não há dúvida. Porque será?

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Restaurantes simpáticos em Lisboa

Restaurante STASHA

Fica em Lisboa, no bairro alto, e come-se bem e relativamente barato para a qualidade do serviço.

Não se fuma mas há bastante espaço na rua para fumar.

O telefone é o 213431131 e fica na rua das Gaveas, 33.

Logo à entrada do bairro alto.

Lisboa à noite com iluminações de Natal.

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Iluminações de Natal em Lisboa.

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Vista nocturna de Lisboa

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